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FUTURA ESCOLA MILITAR

Diretor da Escola André Maggi diz que comunidade não foi consultada sobre mudança

Clayton Ferreira e Ferreira Borges disse que está sendo removido 'à força' e reclamou da falta de diálogo com professores, pais e alunos; mudança será efetivada no ano que vem

Por Eduardo Ramos
VIA

Imagem: Escola Estadual Andre Maggi
Escola estadual será transformada em escola militar gerida pelo Corpo de Bombeiros – Foto: Agora MT

O diretor da Escola Estadual André Maggi, Clayton Ferreira e Ferreira Borges, negou que a comunidade escolar tenha sido consultada sobre a transformação da unidade em uma escola militar. Ele também criticou a condução do processo pela Secretaria Estadual de Educação (Seduc-MT) e e diz que o Governo criou artificialmente uma crise para justificar a militarização.

“O Conselho Deliberativo não foi consultado, eu não fui consultado, ninguém foi consultado. Não fomos ouvidos, não houve votação ou deliberação. Fomos avisados depois da decisão já tomada”, reclamou.

“Acho que por conta da formação militar, a palavra ‘diálogo’ tem um sentido diferente no dicionário do coronel Bonoto”, disse Clayton ao contestar declarações feitas ao Agora MT pelo coronel Vanderlei Bonoto, que comanda os Bombeiros na região.

Conforme o diretor, houve apenas duas reuniões, ambas realizadas na semana passada e com o objetivo de informar que a unidade deixaria de existir a partir do ano que vem para dar lugar a Escola Militar Dom Pedro II.

“Eles marcaram a reunião sem sequer informar qual era o assunto. Conversaram no período da tarde com professores e a noite com cerca de 30 pais de alunos. Acho que queriam usar as assinaturas da ata de presença como se fosse aprovação”, disse Clayton destacando que mais de 90% da comunidade escolar não participou destas reuniões.

Imagem: bonotto Diretor da Escola André Maggi diz que comunidade não foi consultada sobre mudança
O coronel Vanderlei Bonotto, durante reunião para esclarecer dúvidas sobre implantação da escola militar – Foto: Reprodução

DESMONTE
Clayton Ferreira é mestre em História e, entre outras atividades, já atuou como professor em duas universidades públicas – a Universidade Estadual de Goiás (UEG) e a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Ele chegou à direção da Escola André Maggi após ser aprovado em um processo seletivo e seu mandato deveria ir até o final de 2022.

“Fui destituído do cargo à força. Disseram que eu seria o único prejudicado nessa história, mas não é verdade. Muita gente será prejudicada. Precisávamos de um diálogo prolongado, para que todos pudessem compreender o que isso significa”, avalia.

O professor considera que a decisão de mudar o modelo de ensino é impulsionada pela ‘onda neoconservadora que vê na militarização a solução para todos os problemas’. Porém ele destaca que esse processo tem sido justificado por uma crise que teria sido criada pelo próprio governo.

Conforme ele, a escola conseguiu neste ano resolver problemas administrativos que vinham impedindo o acesso a recursos federais. “O antigo diretor, José Bosco, começou a organizar a questão e eu conclui. Providenciamos notas fiscais, documentos bancários, muita coisa. Mandei tudo para a Seduc e, quando que a escola tinha tudo para ressurgir, decidem militarizar”.

Em relação ao reduzido número de matrículas a explicação seria a decisão da Seduc-MT de retirar as séries do ensino fundamental ao introduzir o ensino integral.

“A escola tinha quase 2.000 mil alunos quando oferecia o ensino regular nos três turnos e vagas para o ensino fundamental. Por diversas vezes solicitamos autorização para reabrir estas turmas e não fomos atendidos. Agora, com a militarização, voltarão a ofertar vagas para o ensino fundamental”.

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