O vereador Paulo Schuh (DC) acusou a prefeitura de usar o terreno de uma escola desativada na comunidade rural de Três Pontes como depósito irregular de lixo e também de materiais que ainda teriam condições de uso. Ele falou sobre o assunto à reportagem do AGORA MT e também está denunciando o caso em mensagens e vídeos nas redes sociais.
“Deve dar umas três carretas de materiais e tem de tudo, macas, aparelhos de ar condicionado, brinquedos de parques infantis e até cadeira de rodas ainda boa. Tudo jogado e sofrendo a ação do tempo. Um verdadeiro descaso com o dinheiro público”, diz o vereador.
A maior parte dos materiais foi depositada num terreno a céu aberto. Mas há também muita coisa dentro de salas no prédio onde funcionava a escola municipal Humberto de Campos, fundada em 1992 e há anos desativada.
Schuh disse que foi até o local após receber uma denúncia de moradores indignados com a situação. Ele afirma que muitos materiais poderiam ser reaproveitados e usados pela população.
OUTRO LADO
Procurada pela reportagem, a Secretaria Municipal de Administração disse em nota que os materiais foram classificados como ‘inservíveis’ (sem condições de uso ou reparo) e foram colocados no local até que seja realizado os procedimentos para o descarte.
Na nota, veja abaixo, o município explica que já iniciou as medidas para o leilão do material como sucata e pretende usar o dinheiro obtido com a venda para a aquisição de móveis e equipamentos novos para o serviço público.
Confira a íntegra da nota:
A Secretaria Municipal de Administração explica que o Município tem uma Comissão de Bens do Patrimônio Municipal, que é a responsável pela avaliação dos bens móveis. Quando um equipamento, aparelho ou móvel apresenta problema é feita uma avaliação de custo-benefício pela comissão para determinar se poderá ser consertado e reutilizado ou deve ser descartado como inservível. Caso a reforma ou conserto gere gastos maiores que a aquisição de um novo equipamento ou móvel, esse será descartado como inservível.
Atualmente esses inservíveis são colocados em um terreno público do Município, onde permanecem até a realização de leilão. A Secretaria de Administração ressalta que está em andamento um processo de licitação na pasta para o leilão dos inservíveis, o que deve ser feito nos próximos meses.
Com a realização do leilão, o Município pode investir os valores obtidos pela venda da “sucata”, na compra de materiais, móveis e equipamentos necessários para a manutenção do serviço público.