O senado aprovou ontem (08) o relatório final da Comissão Temporária da Covid-19 (CT COVID-1), que encerrou suas atividades. Instalada no dia 03 de março de 2021, com encerramento previsto para o dia 30 de junho, a comissão teve seus trabalhos prorrogados para manter o acompanhamento da crise sanitária e seus desdobramentos sociais e econômicos. A comissão teve como relator o senador Wellington Fagundes (PL-MT) e segundo o atual presidente, Styvenson Valentim (Podemos-RN), atuou de forma silenciosa com foco na solução de problemas.
Entre as conclusões registradas no relatório final, está a constatação de que o Governo Federal falhou ao não assumir a missão de coordenador geral de combate à pandemia e que cronogramas de vacinação mais confiáveis poderiam ter ajudado no planejamento de estados, municípios e da própria população.
O texto também aponta que o Executivo foi omisso ao promover ações contrárias às evidências técnicas mundialmente reconhecidas.
Os senadores destacaram que a aprovação do relatório final não significa o fim dos trabalhos. Conforme Wellington Fagundes, fatores como o surgimento de novas variantes, a baixa taxa de vacinação na África e o aumento de casos na Rússia e na Europa são fatores que ainda exigem cautela.
“A sensação de dever cumprido se mescla com a clara noção de que a nossa luta continua. Permaneceremos atentos à qualquer movimento que exija a nossa pronta intervenção. A população brasileira pode ficar absolutamente tranquila quanto ao cumprimento da nossa responsabilidade”, declarou Fagundes.
O atual presidente da comissão, senador Styvenson Valetim, agradeceu a condução do ex-presidente, o senador Confúcio Moura que se licenciou em setembro. Ele frisou o caráter propositivo da comissão, com foco na solução de problemas.
“Esta comissão teve essa importância e talvez não tenha sido vista como outras comissões justamente porque ela trabalhou para solucionar problemas. Ela atuou de forma silenciosa, com os parlamentares intermediando nos bastidores, com prefeituras e governos, as soluções de problemas que surgiam na mesma velocidade que o vírus se espalhava”.
Durante o período de atuação, a CT COVID-19 realizou 44 reuniões, das quais 39 foram audiências públicas que ouviram mais de 130 convidados.
Os senadores também realizaram diligências externas à fábricas de vacinas veterinárias, ao instituto Butantã e à fundação Oswaldo Cruz para acompanhar e propor soluções visando a garantia de vacinas para os brasileiros.