O ex-juiz e ex-ministro Sérgio Moro (Podemos) aproveitou o evento de lançamento de seus livro ontem (05), na cidade de Recife (PE), para criticar o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT) e também o atual, Jair Bolsonaro (PL).
Moro, que se prepara para disputar as eleições do ano que vem, voltou a dizer que deixou o Ministério da Justiça por falta de apoio. Ele também defendeu sua atuação durante os julgamentos da operação Lava Jato e atacou as gestões petistas.
“As pessoas podem ser enganadas, mas não o tempo todo. Havia gente que roubava a Petrobras como nunca antes na história deste país”, afirmou.
A maior parte das críticas, no entanto, foram endereçadas ao ex-aliado Jair Bolsonaro com quem se considerou ‘desiludido’.
Moro disse que teve alguma liberdade à frente do Ministério da Justiça e Segurança, mas que logo sentiu ‘intenções adversas’ por parte do presidente.
Ele reclamou da falta de apoio para a aprovação do projeto que encaminhou ao Congresso sugerindo mudanças na lei penal e disse que foi boicotado pelo presidente da República.
“Era sabotagem, pura e simples”, afirmou.
PRESIDENTE
No sábado (04), Sérgio Moro se encontrou com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), para discutir a sucessão presidencial. A conversa faz parte da tentativa de construir uma candidatura da chamada ‘terceira via’.
Pessoas que acompanharam a conversa informaram que Moro teria declarado que não pretende se candidatar ao senado ou ao governo estadual, deixando claro que sua pretensão é a presidência da república.
Porém, o ex-juiz teria sinalizado que poderá abrir mão da disputa se surgir um outro nome de consenso, que sirva de alternativa a Lula e Bolsonaro.