O deputado federal mato-grossense José Medeiros (Podemos) usou as redes sociais para justificar seu voto favorável à derrubada do veto do presidente Jair Bolsonaro à expansão do valor do fundo eleitoral para 2022. Com a decisão, também aprovada no Senado, o valor destinado aos partidos políticos na Lei Orçamentária Anual (LOA) para campanhas eleitorais poderá chegar a R$ 5,7 bilhões.
Medeiros disse que pretendia votar a favor do veto presidencial, mas que se confundiu e acabou errando ao registrar sua posição. Na votação os parlamentares deveriam votar ‘não’ caso desejassem derrubar o veto e ‘sim’ se desejassem a manutenção.
“Bom é indefensável, mas acabei votando não totalmente convicto que o sim estaria derrubando o veto”, justificou Medeiros numa mensagem publicada no tweeter e replicada nas outras redes sociais.
“Estava on-line e infelizmente houve desencontro com a assessoria. Como disse indesculpável, mas era preciso a explicação”, completou.
O veto do presidente ao fundo eleitoral foi derrubado por 317 votos contra 146 na Câmara dos Deputados. No Senado o placar foi de 53 votos a favor da derrubada e 21 pela manutenção.
Além de Medeiros, também votaram a favor da ampliação do Fundo Eleitoral os deputados mato-grossenses Carlos Bezerra (MDB), Dr. Leonardo (Solidariedade), Juarez Costa (MDB), Neri Geller (PP) e Professora Rosa Neide (PT). Emanuel Pinheiro Neto (PTB) e Nelson Barbudo (PSL), votaram pela manutenção do veto.
REPERCUSSÃO
A explicação divulgada pelo deputado José Medeiros ganhou destaque em vários veículos de comunicação e não foi bem recebida pelos eleitores.
Após a publicação da mensagem, centenas de pessoas se manifestaram e a maioria demonstrou insatisfação com o voto e também com a justificativa feita pelo parlamentar.
A votação realizada nesta semana pelo Congresso ampliou o limite máximo, mas o valor do Fundo Eleitoral ainda pode ser reduzido durante as discussões sobre a Lei Orçamentária Anual (LOA), que fixa as despesas e receitas da União.
O relatório final será votada na próxima semana pela Comissão Mista de Orçamento (CMO) e depois pelo Plenário do Congresso. O orçamento fixa as receitas primárias da União para o não que vem em R$ 2,028 trilhões.