Centenas de trabalhadores que prestam serviços para a Prefeitura de Rondonópolis através de contratos de terceirização decidiram realizar manifestos para protestar contra os atrasos salariais. O movimento começou a ser discutido ontem e ganhou força nesta terça-feira (14).
A maioria dos trabalhadores tem contratos com as empresas Solução e Bem Estar. Eles têm salários que variam entre R$ 1,1 mil e R$ 1,3 mil e atuavamm principalmente na Secretaria de Saúde prestando serviços como motorista, limpeza e apoio à campanha de vacinação nos postos de saúde.
Ontem o secretário municipal de Saúde, Vinicius Amoroso, conversou com representantes dos trabalhadores e teria afirmado que o município está fazendo os repasses. Porém muitos servidores dizem que estão sem receber desde outubro.
Os atrasos no pagamento de trabalhadores terceirizados pela têm ocorrido com frequência e foram denunciados diversas vezes na Câmara Municipal. A Prefeitura diz que os problemas ocorrem devido a falhas cometidas pelas próprias empresas, na emissão de notas e apresentação de documentos.
No início do mês alguns vereadores chegaram a sugerir o trancamento da pauta de votações como forma de pressionar o município a resolver o problema. Eles dizem que as empresas envolvidas prestam serviços em várias cidades e inclusive para a Câmara de Rondonópolis, e os problemas ocorrem só nos contratos com a Prefeitura de Rondonópolis.
“É uma situação gravíssima. Tenho pedido insistentemente, sessão após sessão, o trancamento da pauta até o pagamento dos contratos. Tenho certeza que se tivéssemos adotado uma postura mais dura a situação estaria resolvida”, disse o vereador e vice-presidente da Câmara, Júnior Mendonça (PT).
O parlamentar afirmou ainda que há cerca de 20 dias, após uma pressão semelhante da Câmara Municipal, houve o pagamento de cerca de R$ 500 mil à empresa Bem Estar.
O assunto deverá ser discutido na reunião da ‘ordem do dia’, hoje à tarde na Câmara Municipal, e também na sessão ordinária de amanhã.
“Muitos vereadores estão preocupados . Há o risco desses trabalhadores passarem o natal sem receber o que têm direito e faremos o que estiver ao nosso alcance para que isso não ocorra”, afirmou Mendonça.