Alvo de críticas e elogios, a fiscalização eletrônica com radares posicionados em locais estratégicos, voltará a fazer parte da realidade do trânsito rondonopolitano em 2022. A ‘novidade’ faz parte do pacote de investimentos que inclui ainda a substituição de todos os semáforos da região central e a reabertura do pátio para abrigar veículos apreendidos pela fiscalização.
A licitação para a implantação da fiscalização eletrônica já está em andamento. Conforme o secretário Municipal de Transportes e Trânsito, Lindomar Alves, a gestão será feita por uma empresa privada sob coordenação do município.
“Acreditamos que o processo seja concluído em fevereiro, abrindo caminho para a imediata instalação dos equipamentos de fiscalização”, afirma.
O secretário avalia que hoje há um relativo consenso sobre a importância da fiscalização eletrônica para conter a violência no trânsito.
A mudança na opinião pública seria resultado dos dados apontando um aumento expressivo no número de acidentes desde a retirada dos equipamentos.
Outra vantagem é que os radares e lombadas eletrônicas suprem a escassez de agentes, garantindo uma fiscalização permanente nos locais onde há maior registro de infrações e acidentes mesmo durante feriados e finais de semana.
APREENSÃO
Também está em fase adiantada a licitação para o novo pátio destinado à guarda de veículos apreendidos pela fiscalização. O termo de cooperação técnica com o Detran foi assinado no ano passado e caberá a Prefeitura definir os valores que serão cobrados pelo serviço de guincho e as diárias por veículo apreendido.
“A principal preocupação é evitar preços abusivos, para não termos os problemas registrados anteriormente. Estamos inclusive verificando como é a cobrança em cidades com o mesmo porte para ter uma referência”, disse Lindomar.
A proposta inicial é que a empresa vencedora opere o pátio por um período de 10 anos, garantindo neste período a vigilância eletrônica e presencial do espaço, seguro dos veículos e demais custos operacionais.
O valor total da licitação deve superar os R$ 40 milhões, que serão pagos com o resultado das diárias e de parte dos leilões de veículos que não forem retirados num prazo de 60 dias.
O novo espaço será exclusivo para veículos apreendidos por medida administrativa, nas fiscalizações feitas pela Setrat e pela Polícia Militar.
Do total arrecadado, cerca de cinco por cento deverão ficar com a Prefeitura de Rondonópolis a título de taxa de outorga.