Na corrida presidencial de 2022, o atual presidente da República e pré-candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), pode ter dado uma cartada e tanto na aproximação com dos setores mais fundamentais em seu projeto político e econômico desde 2018: o agronegócio. Se há quatro anos a aproximação com militares e a escolha do general Hamilton Mourão (atualmente -mas de saída- no PRTB) como vice lhe garantiu força e consolidação de uma pauta, desta vez a opção pode ser a atual ministra da Agricultura Tereza Cristina (DEM).
O nome é forte e chega como uma reposta rápida. Isso porquê outros candidatos, especialmente o principal adversário e ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), também tem buscado alianças junto o agronegócio. Certamente, para a consolidação da chapa, a atual ministra se desfiliaria do DEM, cuja conjuntura passa longe do projeto bolsonarista, ao menos num primeiro turno.
Aliada de Bolsonaro, nome benquisto no governo e no agro, Tereza Cristina é presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária.
EM TEMPO: O general Hamilton Mourão deverá concorrer a uma vaga ao Senado pelo Estado do Rio Grande do Sul. Também afirmou que deixará o PRTB, seu atual partido, e mantém conversas com lideranças do PP e do Republicanos.