As Smart TVs estão tentando inovar cada vez mais para chamar atenção dos consumidores e, talvez, a última tendência seja a implementação de assistentes virtuais no televisor. Mas será que esse diferencial vale a pena?
Os assistentes virtuais estão ganhando espaço dentro das casas. Isso é verdade principalmente com os dispositivos Echo da Amazon, que vem popularizando essa tecnologia. Porém, não é de agora que a presença dessas “companhias” virtuais.
Há anos já existia o Google Assistente e também a Bixby — essa última exclusiva da marca Samsung. Por isso, as empresas tiveram muito tempo para desenvolver e otimizar o reconhecimento de voz para acionar comandos.
Google Assistente deixa a desejar
Apesar de ser um veterano, ter milhões de dados compilados todos os dias (afinal é um dos buscadores mais usados no mundo) e tempo para desenvolver um sistema ágil e preciso, o Google Assistente é o mais travado de todos.
Entre os principais comandos, é possível pedir para alterar o volume (abaixar ou aumentar), mudar de canal, abrir aplicativos como Netflix, HBO MAX ou Prime Vídeo e alterar algumas configurações da TV, por exemplo: brilho, contraste ou abrir o menu de configurações.
Alexa se mostra mais precisa, mas ainda escorrega
Chegamos na segunda assistente disponível: a Alexa. Provavelmente a mais conhecida e com maior reputação a zelar. Ela consegue, sim, ser mais intuitiva e responsiva do que o Google Assistente.
Ao dar os comandos, a Alexa entende muito melhor e consegue propor ações mais próximas daquilo que se desejava.
Contudo, ainda esbarra em alguns errinhos. Por exemplo, entre os três serviços disponíveis, tanto a Alexa quanto o Google não conseguiram compreender quando se diz o comando “Abrir HBO Max”.
Outro ponto Positivo para a assistente da Amazon é atender com mais precisão o que foi requisitado, como alterar o volume. Por alguma razão, o Google Assistente não entendia quando pedia para subir o volume até 50 ou abaixar para um número específico.
Bixby, a grande surpresa
Dentre as três opções, a Bixby foi a que melhor entendeu meus comandos e conseguiu responder com rapidez e precisão. Inclusive, um de seus diferenciais é o comando “o que posso dizer”, em que ela mostra diversas ações que podem ser executadas.
Os outros assistentes também possuem tal comando, porém mostram exemplos mais genéricos e não tão voltados para o sistema da TV em si, mas sim para uso gerais do tipo “quantas calorias tem uma esfiha?” ou então “qual a previsão do tempo hoje?”.
Já a assistente da Samsung mostra uma tela com inúmeras ações voltadas para a TV. Seja alterar a entrada de dispositivos, acionar configurações de imagem, mudar volume, alterar canais. Isso pode ajudar muitas pessoas que, assim como eu, não possuem muito contato com esse tipo de tecnologia e podem ficar perdidas nas possibilidades.
Contudo, é importante lembrar que se trata de uma TV Samsung. Então é natural que um software da própria empresa tenha mais integração com o produto do que as assistentes de Amazon e Google.
Mas vale a pena?
Não faz tanta diferença. Isto é, se você estiver em dúvida entre dois modelos, e a única distinção entre elas é a presença ou ausência dessa tecnologia.
Talvez o único ponto que os assistente realmente façam diferença é se você tiver o hábito de assistir ao YouTube diretamente no aplicativo da TV. Já que é possível realizar a pesquisa apenas ditando os termos ou frases desejadas. Muito mais prático do que ficar caçando letra por letra com o controle remoto.