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ENTREVISTA

“A pauta é a segurança, mas a reincidência passa por um contexto maior”, diz Coronel Assis, pré-candidato à federal

Em entrevista ao portal AGORA MT, defende o enrijecimento das politicas de segurança, seu “alicerce”, mas sem desconectá-las das pautas macro

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Imagem: coronel assis “A pauta é a segurança, mas a reincidência passa por um contexto maior”, diz Coronel Assis, pré-candidato à federal
Coronel Assis, pré-candidato a deputado Federal pelo União Brasil – Foto: Vandréia de Paula/AGORAMT

Pelo União Brasil (UB), o coronel Jonildo Assis, ex-comandante da Polícia Militar de Mato Grosso, se lançou como pré-candidato a deputado federal nestas eleições. Depois de 28 anos como militar, define o início na carreira politica como “um novo mundo que se descortina”. Em entrevista ao portal AGORA MT, defende o enrijecimento das politicas de segurança, seu “alicerce”, mas sem desconectá-las do contexto da reincidência. “A reincidência é o combustível da violência”, diz.

Assis segue percorrendo o Estado buscando viabilizar uma eventual corrida à Câmara Federal em 2022. O convite à política, afirma, partiu do governador Mauro Mendes (UB), com o aval de outra liderança do UB, o senador Jayme Campos.

Na conversa, o coronel defende a atuação política contra o que chama de “escalada” do crime e atuação do chamado Estado paralelo. “Hoje o criminoso criou uma couraça de impunidade. E digo mais, essa impunidade que o criminoso sente ela é a mãe da reincidência”, argumenta.  “Mas é preciso compreender que ninguém entra para o crime já no alto escalão. Existe todo um crescimento criminal e toda vez que o indivíduo reincide promove uma escalada da violência. É preciso uma revisão nas leis penais, no sentido de endurecer um pouco mais e tirar as brechas”, diz.

“Nas cidades mato-grossenses, por exemplo, existe a atuação de facções criminosas, que vendem uma pseudo segurança aos cidadãos, de forma covarde, criminosa e terrorista. Estas facções imitam o Estado, mas impõe sua maneira tirânica de aplicar as suas leis. Infelizmente, temos cidadãos reféns desta realidade”, completa. “A pauta mas a reincidência passa por um contexto maior. Se fizermos uma timeline reversa da vida deste criminoso, a gente observa que, lá atrás, faltou a família, faltou educação, faltou oportunidade. As políticas públicas tem que ser sérias, atuantes no berço, na família, dando condições para que pais e mães trabalhem e possam criar seus filhos em um ambiente seguro”, diz.

Assis defende “trabalhar o Código Penal brasileiro, no sentido de endurecer”. “Não se tem nada na Lei para capitular quem hoje promove uma cena de guerra, um ato terrorista. Uma formação de quadrilha, um uso de arma restrita, roubo, furto?! É muito pouco”.

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Coronel Assis, pré-candidato a deputado federal pelo União Brasil – Foto: Vandréia de Paula/AGORAMT

Porte de arma

Nesta sexta-feira (24), o coronel e pré-candidato cumprirá uma agenda política em um clube de tiro esportivo. Do discurso, Assis defende o porte e posse de arma de fogo ao cidadão comum. “Acredito que o cidadão que paga seus impostos, que trabalha de Sol a Sol e contribui para o crescimento de sua cidade, Estado e pais, desde que cumpra tudo o que está previsto na Legislação e dentro dos ordenamentos jurídicos legais, pode ter a sua arma de fogo. Por que não?”, diz. “Arma de fogo é uma coisa de cunho particular, possui quem quer, mas o Estado não pode impedir o cidadão desde que se cumpra o que está previsto na na lei”.

A reportagem questiona o pré-candidato. Lembra casos cujo desfecho, talvez, tenha sido trágico unicamente pela presença de uma arma de fogo. Uma briga no trânsito, no bar. Um feminicídio. Assis rebate: “Se pegarmos as estatísticas de casos como esses, garanto que o número de armas devidamente legalizadas e cidadãos devidamente qualificados para o uso é mínimo. Existe a rastreabilidade da arma, da munição, do cidadão. Ele não pode ter antecedente criminal. Se um dia um cidadão desses precisar fazer uso [da arma de fogo], essa arma é devidamente catalogada, seu o uso é totalmente auditável”, argumenta. “Diferente do criminoso, que compra uma arma no mercado negro, coloca na cintura e vai cometer crimes. Só aí já estamos separando o joio do trigo”, completa.

Já ao final da conversa, o entrevistado defende atuação municipalista. “Segunda-feira, terça e quarta [o trabalho] é em Brasília. De quinta a domingo aqui no Estado, nas ruas ouvindo a população”, finaliza.

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