Em entrevista ao portal AGORA MT, o senador da República Jayme Campos (UB) deu como “praticamente fechado” o palanque à direita no Estado para as eleições de 2022, composto por uma coligação partidária junto ao PL e demais siglas alinhadas ao bolsonarismo. A fala foi uma resposta ao lançamento da pré-candidatura ao Planalto de Luciano Bivar, presidente do UB, que, na visão do senador, foi “extemporânaea” e causadora de problemas de ordem regional”.
Para o senador, o projeto mato-grossense deverá mesmo contar com o atual governador Mauro Mendes (UB) à reeleição, tendo como nome ao senado Wellington Fagundes (PL). Sem “ruídos” na caminhada, aponta o “prático” Campos. “Sempre fui partidário, eu nunca mudei de partido. Foi o partido que acabou, do PFL virou DEM e, agora, União Brasil. Quando do lançamento da candidatura do [Luciano] Bivar eu fui muito prático. Foi um lançamento muito extemporâneo, sobretudo porque cada estado tem suas particularidades. Aqui [em Mato Grosso], por exemplo, já havia muita coisa encaminhada, definindo o União Brasil com o Wellington [Fagundes], evidentemente com outros puxando essa coligação”.
Mendes ainda não confirmou a corrida à reeleição em 2022. A definição é aguardada até julho, data da convenção partidária do UB. Da aproximação com Wellington, o projeto passa também pelo alinhamento do atual governador com a pré-candidatura de Jair Bolsonaro (PL) ao Planalto, selada em abril, após uma visita do presidente da República à capital do Estado. Da independência dos filiados do UB para apoiar candidaturas nos Estados, Campos tem defendido a não interferência nacional desde maio, quando fora anunciado o nome de Bivar como pré-candidato.
“Sempre defendi este encaminhamento junto ao Wellington [Fagundes]. Feito isso, acho que o partido [UB] não tem nada o que exigir de nós. Tem que ter coerência. Independentemente que qualquer coisa, o Wellington [Fagundes], hoje, aparece liderando pesquisa nacional, com 31%. Quem não quer estar com um candidato desse? Eleição se ganha e se perde, mas a possibilidade desta coligação [UB e PL], com outros partidos marchando junto, é, neste momento, a melhor possibilidade”, diz Campos.
A pesquisa mencionada por Jayme foi elaborada no início de junho pelo instituto PercentBrasil, que colheu as intenções de votos de 812 eleitores entre os dias 1 e 6. Fagundes aparece com 31% dos votos válidos na modalidade estimulada. Em segundo lugar, fica o deputado federal Neri Geller (PP), ainda longe da alcançar a marca. Aparece com apenas 13,9%.