Em coletiva de imprensa na capital do Estado, a médica Natasha Slhessarenko (PSB) disse, agora há pouco, que foi pressionada pelo candidato a vice presidente da República na chapa de Lula (PT), Geraldo Alckmin, a declinar do projeto Senado 2022. A desistência já havia sido notícia. Agora a tarde, a confirmação.
Natasha estava acompanhada de lideranças do PSB, como o presidente estadual Max Russi, além da mãe e ex-senadora, Serys Slhessarenko. Aos jornalistas, a agora ex-candidata abriu a “caixa de ferramentas” contra o PSB e contra as articulações Socialistas nacionalmente. Segundo ela, para que desistisse de concorrer ao Senado, houve oferta de vagas em chapas encabeçadas por outros candidatos, como a vice-governadoria de Márcia Pinheiro (PV) e primeira suplência de Neri Geller (PP). Ainda conforme o repassado na coletiva, ela teria recusado todas as propostas.
Pelo menos uma destas propostas teria partido de Alckmin. Natasha relevou que ele chegou a pedir para que fizesse uma composição com Neri Geller. Apesar do apelo, ela recuou. Natasha também anunciou que irá anular o voto para Senado e se disse desprestigiada pela nacional do PSB. “No plano nacional, o PT impôs o apoio à candidatura ao Senado de Neri Geller, uma aliança completamente inesperada, afinal de contas ele e o PP fazem parte da base bolsonarista. O deputado vinha defendendo a reeleição do Bolsonaro até 15 dias antes do início das convenções, o que era natural, já que o partido faz parte da espinha dorsal do atual governo federal, e talvez o mais importante do centrão, o mais poderoso grupo fisiológico que comanda o orçamento secreto e a velha política do toma lá, dá cá”, afirmou. Ainda segundo Natasha, o argumento de Alckmin foi o de que, assim, ela estaria colaborando com o projeto do partido nacionalmente.
Fato que a desistência da médica se dá após o fechamento do palanque do atual governador, Mauro Mendes (UB), com o líder do PL Wellington Fagundes, confirmado no último dia 5.