O empresário Josino Pereira Guimarães teve mais um pedido de liberdade negado pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região. A decisão de indeferir a liminar que pleiteava é do desembargador Federal Márcio César Ribeiro. Josino está detido desde 9 de maio por força de 2 mandados de prisão.
Ele é acusado de mandar matar o juiz Leopoldino Marques do Amaral e de tentar fraudar o processo sobre o assassinato. A negativa é relacionada ao pedido de habeas corpus pelo mando. O empresário já teve pedido de soltura negado também pela tentativa de fraude.
O corpo do magistrado foi localizado em setembro de 1999, no Paraguai, parcialmente carbonizado. Josino deve ser julgado ainda este ano.
Além do empresário, também está preso o delegado Márcio Pieroni. O policial é acusado de ter cometido 9 crimes para tentar livrar Josino do júri popular pela morte do juiz. Esta semana, o Ministério Público Federal (MPF) deu parecer contrário à liberdade do delegado por entender que ele representa risco para o processo da morte do magistrado. A Justiça ainda não analisou o recurso.
O pedido já havia sido negado no TRF-1 e a defesa de Pieroni tenta novo recurso na Justiça Federal de Mato Grosso. O ingresso ocorreu depois de 3 dias de audiência de instrução e julgamento dos 2 réus e mais 3 acusados de cometerem os mesmos crimes. São eles: o irmão de Josino, Clóves Guimarães, o investigador Gardel de Lima e o latrocida Abadia Proença.
Durante a audiência de instrução foram ouvidas 14 testemunhas de acusação, 8 de defesa e os réus. Ao final das oitivas, o MPF e as defesas pediram novas diligências ao Juízo da 7ª Vara Federal. As solicitações dos advogados foram indeferidas e da Procuradoria da República acatadas. O MPF entendeu que havia necessidade de esclarecer pontos contraditórios nos depoimentos de testemunhas e acusados.