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PREVENÇÃO

Do Herpes ao HPV, conheça as principais DSTs e evite-as

Fonte: DA REDAÇÃO COM TERRA

 

Imagem: sexo seguro Do Herpes ao HPV, conheça as principais DSTs e evite-as
Crédito: Shutterstock Na hora do sexo, a mulher deve se preocupar com a prevenção

O prazer de uma relação sexual pode se transformar em uma ameaça à saúde quando alguns cuidados simples não são tomados, como o uso do preservativo. Isso porque a popular camisinha ainda é a melhor solução para prevenir as doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), consideradas pelo Ministério da Saúde como um dos problemas de saúde pública mais comuns do País.

E é justamente a prevenção das DSTs que evita problemas como infertilidade, câncer e até mesmo doenças infectocontagiosas como a AIDS. “Ter um parceiro sexual, apostar na fidelidade conjugal e usar preservativo masculino e feminino nas relações são as principais formas de se evitar problemas”, explica Luiz Sampaio, professor da Faculdade de Medicina da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

Além da prevenção, o diagnóstico precoce também reduz as complicações de uma possível doença. “Frequentemente as DSTs são agudas, ou seja, têm uma breve história evolutiva. Portanto, o diagnóstico precoce é determinante para solucionar os problemas com o menor impacto para o paciente”, diz Luiz.

A seguir, conheça as principais doenças sexualmente transmissíveis, os sintomas, como evitá-las e os tratamentos relacionados.

Herpes
O aparecimento de pequenas bolhas na região genital, principalmente na parte externa da vagina, que se rompem formando feridas, é o principal indício de herpes. Estresse, cansaço, febre, exposição ao sol e até mesmo a menstruação favorecem a manifestação do vírus que, apesar de não ter cura, é tratável. Vale lembrar que o sexo (seja oral, anal ou vaginal) sem preservativo dá margem à infecção.

Quem tem o problema de saúde deve ficar atento com cuidados de higiene, como lavar bem as mãos, evitar contato direto com as bolhas e feridas de outras pessoas e não furar as bolhas. O tratamento com injeção é prescrito pelo médico logo após a confirmação do diagnóstico.

HPV
O HPV, também conhecido como condiloma acuminado, é causado pelo Papilomavírus humano. Entre os mais de cem tipos, alguns causam câncer no colo do útero e do ânus. Na mulher, o sintoma mais comum é o aparecimento de verrugas na vagina, na vulva, na região do ânus e no colo do útero. Transmitido pela via sexual, o risco de contaminação pelo HPV é maior quando a verruga no parceiro é visível.

Existem duas vacinas contra a infecção por HPV no câncer de colo do útero, agindo na produção de anticorpos. Comercializadas desde 2007, não têm um tempo de imunidade definido após tomá-las, por isso não substituem a realização do exame preventivo, o Papanicolau.

Sífilis
Causada pela bactéria Treponema pallidum, a sífilis se manifesta em três diferentes estágios. Os sintomas mais evidentes ocorrem nas duas primeiras fases, período mais contagioso da doença. Os primeiros sintomas são percebidos pelo aparecimento de pequenas feridas nos órgãos sexuais e ínguas nas virilhas em até 20 dias após o sexo desprotegido com alguém infectado. As feridas podem desaparecer sem deixar cicatriz, entretanto, a mulher continua doente.
A terceira fase é a mais crítica da doença, já que a sífilis pode não apresentar sintoma e, por isso, dá a falsa impressão de cura. Com o tempo, porém, podem surgir manchas em várias partes do corpo, além da queda dos cabelos. Sem tratamento, a doença avança para sua pior fase, podendo ocasionar cegueira, paralisia, doença cerebral e problemas cardíacos. O tratamento é feito com a aplicação de penicilina benzatina, a famosa injeção Benzetacil.

Sexo sem camisinha e transfusão de sangue contaminado são as formas mais comuns de contágio. Simples e confiáveis, o uso de preservativos em todas as relações sexuais e o acompanhamento durante a gravidez são maneiras simples de prevenção contra a sífilis.

Gestantes devem ter atenção redobrada, pois a sífilis congênita pode causar aborto, má formação do feto e morte ao nascer. O teste deve ser feito na 1ª consulta do pré-natal, no 3º trimestre da gestação e no momento do parto.

Uretrites
Os tipos mais comuns das uretrites – infecções causadas por bactérias que podem atingir os órgãos genitais – são a clamídia e gonorreia. Quando não tratadas, podem causar infertilidade e dor durante as relações sexuais. Além disso, mulheres apresentam corrimento, sangramento fora da época da menstruação e dor ou sangramento durante a relação sexual. O tratamento é feito com antibióticos, aplicados via oral ou por injeções.

Tricomoníase
A tricomoníase ataca o colo do útero, a vagina e a uretra, causando infecção pelo protozoário Trichomonas vaginalis. Assim como as uretrites, a trícomoníase pode ser um problema de saúde silencioso. O alerta é dado quando há a ocorrência de dor durante a relação sexual, ardência, dificuldade para urinar e coceira nos órgãos sexuais. O tratamento médico é feito com antibactericida, podendo ser estendido ao parceiro. Para evitá-la, o recomendado é usar camisinha em todas as relações sexuais.

Candidíase
Apesar de não ser considerada uma DST, a candidíase – infecção vaginal causada pelo fungo (Candida albicans) –, pode ser transmitida por meio de relações sexuais desprotegidas. Os sintomas mais comuns são coceira, corrimento branco e dor durante as relações sexuais. O Papanicolau é o exame mais eficiente para seu diagnóstico.

O tratamento da candidíase é feito com antifúngicos de uso local. Para evitar, alimente-se de forma saudável para fortalecer seu sistema imunológico e preservar as defesas da flora vaginal, use camisinha, mantenha em ordem a higiene íntima e evite roupas justas de material sintético.

AIDS
Mais temida entre todas as DSTs, a AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) é uma doença incurável causada pelo vírus HIV, responsável pelo ataque às células de defesa do corpo humano, deixando o organismo mais vulnerável a diversas complicações de saúde.

A transmissão do vírus acontece principalmente numa relação sexual desprotegida, por isso, o uso do preservativo é fundamental para sua prevenção. Porém, o contágio também acontece durante a gestação (a mãe infectada transmite a doença para o filho), pelo uso da mesma seringa ou agulha contaminada, pela transfusão de sangue contaminado e também pelo manuseio de instrumentos cortantes ou perfurantes não esterilizados.

Se há alguns anos a AIDS era sinônimo de morte, hoje é possível viver com qualidade de vida, seguindo conselhos médicos que ajudam a prolongar o tempo de vida do paciente. São adotados medicamentos antirretrovirais para impedir a multiplicação do vírus no organismo.

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