O governador de Mato Grosso, Silval Barbosa, esteve reunido na tarde desta quinta-feira (14.06) com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para discutir a questão da demarcação da área da Terra Indígena Kayabi. Durante a audiência, realizada no gabinete do ministro em Brasília, Silval Barbosa fez algumas ponderações sobre a reserva junto ao ministro, que se demonstrou bastante sensível à posição do Estado.
Segundo o procurador-geral de Mato Grosso, Jenz Prochnow Júnior, o Estado deverá entrar com uma representação contra uma portaria da Fundação Nacional do Índio (Funai) que aumenta os limites do território por entender que a mesma possuí alguns erros processuais. O procurador disse também que todas às vezes que terras indígenas são demarcadas é concedido um prazo legal para que os estados e municípios afetados possam se manifestar a respeito.
“O Estado não se manifestou contra a criação dessa portaria, simplesmente porque ele não tomou ciência dela”, disse Jenz Prochnow. Ele explicou que o território foi criado em 1968, que em 1974 foi demarcado com 47 mil hectares e em 1987 ele foi aumentado para 117 mil hectares. A nova portaria aumentaria essa área para 1 milhão e 400 mil hectares.
O governador Silval Barbosa ponderou que não se pode aumentar um território que já foi demarcado. “O Estado sai satisfeito dessa reunião porque o ministro foi sensível às nossas colocações”, disse.
Acompanharam o governador durante a audiência o senador Jayme Campos, os deputados federais Júlio Campos e Wellington Fagundes, além do deputado estadual Ademir Brunetto.