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Pedra Preta tem a 1ª CPI de sua história

Fonte: Por Wlly Garcês
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Terreno limpo com maquinários da prefeitura, que serve de estacionamento da Cidade - Foto: Varlei Cordova / AGORA MT
Terreno limpo com maquinários da prefeitura, que agora serve de estacionamento da Cidade – Foto: Varlei Cordova / AGORA MT

O clima entre o Executivo e o Legislativo de Pedra Preta continua tenso, esta semana se esgota o prazo da prefeita Mariledi Araújo (PDT) para entregar sua defesa no processo montado pela Câmara, por meio de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a limpeza de um terreno particular com maquinários da prefeitura e o não cumprimento de prazo para a prestação de contas. Essa é a 1ª CPI a ser realizada em Pedra Preta.

De acordo com o procurador geral do município, Edno Damasceno, a prefeita é vítima de um ‘golpe político’. “De 11 vereadores eleitos, apenas um é da base política da prefeitura. A acusação que eles estão fazendo é absurda, mas já estamos protocolando a defesa e será entregue antes do término do prazo”, argumenta.

Conforme o procurador, realmente houve a limpeza de um terreno com maquinários da prefeitura, porém o terreno utilizado não tem vínculo nenhum com a prefeita. O local será o estacionamento de carretas do município.

“Começou a vigorar uma lei em agosto a qual proíbe a entrada de carretas dentro do perímetro urbano, só que nós temos muitos moradores que são caminhoneiros e não teriam um local adequado para estacionar os caminhões, foi onde surgiu esse terreno que é particular onde foi feito a limpeza em 4h de serviço, dando uma solução a sociedade.”, argumenta Edno, lembrando que na gestão passada o prefeito teria limpado fazendas com maquinários da prefeitura.

Quanto ao não cumprimento da prestação de contas o procurador Edno afirmou que a falha não deveria ter ocorrido, mas por assumir em janeiro e ter uma baixa qualidade de equipe técnica contábil dentro do Paço, os prazos, que é uma formalidade, acabaram não sendo cumpridos e que no Brasil, 80% dos municípios não cumprem o prazo, e não é razão de cassação.

LEGISLATIVO

Em entrevista ao Site AGORA MT, o vereador e presidente da Câmara de Vereadores de Pedra Preta, Leonildo Augusto (PR), falou sobre o processo de investigação e afirmou que o relacionamento entre a Prefeitura e a Câmara é fraco.

“Eu não acredito que por termos menos vereadores da base da prefeita, sejamos oposição, até porque mais de 90% dos projetos vindos do Executivo são aprovados pelo parlamento. Realmente há uma distância entre os poderes, acredito que foi criada por pessoas que nos rodeiam, mas é falta de sentar e conversar”, disse o vereador Leonildo que está no 1º mandato da vida pública.

Presidente da Câmara, Leonildo Augusto - Foto: Varlei Cordova / AGORA MT
Presidente da Câmara, Leonildo Augusto – Foto: Varlei Cordova / AGORA MT

Durante a entrevista, Leonildo ainda explicou que a investigação contra a prefeita Mariledi não se trata de um golpe político por parte dele, porém disse acreditar que algumas pessoas estão tentando se beneficiar com o assunto.

“Um morador protocolou a denúncia e enviou a esta Casa, recebemos e a colocamos em votação no plenário, nós tínhamos obrigação de acolher a denúncia e investigar, é nosso papel e somos pagos para isso” e explicou dizendo que qualquer que fosse a denúncia, até contra si próprio ele votaria a favor da investigação.

“O fato de eu votar a favor, não quer dizer que eu voto para a cassação da prefeita, até porque sei da índole dela e acredito que há falhas nas pessoas que ‘rodeiam’ a gestora”, finalizou Leonildo.

PRÓXIMO PASSO
Após a entrega da defesa, a CPI composta pelos vereadores Maria da Cruz (presidente), Fábio Trindade (relator) e Valter Gomes (membro) avaliarão os fatos e discutirão um parecer, isso dentro de 90 dias.

Caso a defesa da prefeita não seja convincente,  a CPI continua com a investigação, onde será levado novamente a plenário e apresentado aos parlamentares que votarão novamente. Para que a cassação do mandato de Mariledi seja iniciada é preciso que a investigação tenha novamente oito votos contrários, mesmo número de votos do 1º sufrágio. Não atingindo este número o caso será arquivado.

 

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