Durante a 34ª sessão ordinária, os vereadores derrubaram o veto do prefeito Percival Muniz, sobre o PL nº 12 de autoria do vereador Adonias Fernandes (PMDB), que versa sobre autorizar o Poder Executivo assegurar a vacinação gratuita contra HPV, papiloma vírus humano, nas mulheres com faixa etária entre nove e quarenta e cinco anos em Rondonópolis.
O veto foi derrubado por 18 votos. Segundo o vereador Adonias, a legação de que a lei traria custos ao município não procede pois o governo federal é quem libera a verba para a vacinação. Pela nova lei a Secretaria Municipal de Saúde fica responsável pela programação e promoção das campanhas de esclarecimentos à população sobre o HPV, suas formas de transmissão e prevenção.
Para o vereador Dr. Helio Pichioni (PR) o projeto é ótimo e só virá para proteger as mulheres do município. “Por causa de minha profissão conheço a realidade dos hospitais e todos os dias aparecem pacientes com HPV, pois não tiveram uma prevenção e também por não terem condições de tomarem as três doses da vacina”, declarou Pichioni.
“A vacina contra o papiloma vírus, previne mulheres que nunca foram infectadas de quatro tipos de HPV: 16, 18, 6 e 11. Os dois primeiros estão relacionados ao desenvolvimento do câncer do colo de útero – a maior preocupação dos médicos, e foram encontrados em 94% dos casos. A doença é a terceira que mais mata mulheres no Brasil, a vacina foi desenvolvida principalmente para adolescentes que ainda não iniciaram a vida sexual e será aplicada em três doses, em um espaço de seis meses” explicou o vereador.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) autorizou a comercialização da vacina para quatro tipos de HPV. É a primeira vacina considerada pela ANVISA eficaz contra o câncer e as verrugas associadas ao vírus, estudos clínicos para a produção da vacina foram iniciados há mais de 10 anos, 20 mil mulheres pelo mundo e mais de 100 brasileiros participaram do processo.
E o resultado da pesquisa mostrou que a vacina apresenta 100% de eficácia contra cânceres cervicais, pré-cânceres vulvares e vaginais relacionadas aos HPVS 16 e 18 em mulheres que ainda não foram expostas ao vírus. No caso das verrugas genitais causadas por HPVS 6 e 11, a vacina apresentou eficácia de 99%. E na prevenção de lesões cervicais de baixo grau e prê-cânceres causados pelos quatro tipos de vírus, 95%.