Cerca de 100 agentes penitenciários de várias regiões de Mato Grosso e de estados vizinhos ficaram surpresos com a notícia de que o treinamento de formação do Grupo de Intervenção Rápida (GIR), que ambos estavam realizando em Rondonópolis durante a semana, foi suspenso pelo Governo Estadual.
Apesar de ser tradicional e estar na 5ª edição, o curso não teve nenhum tipo de incentivo financeiro ou moral pelo Estado e foi cancelado devido denúncias de irregularidades.
De acordo com o diretor da Penitenciária Major Eldo de Sá Correa, mais conhecida como Mata Grande, Agno Sérgio Silva Ramos, as acusações são direcionadas aos equipamentos utilizados durante os treinamentos, com supostas munições contrabandeadas e armas sem autorização.
“Foram covardes, uma vez que esses apontamentos são inverdades e não vieram averiguar. Nós sabemos como são nossos treinamentos são eficazes, mas o Estado ainda insiste em nos impedir e boicotar”, declara.
Agno ainda ressalta que as munições que seriam utilizadas no curso foram doadas por clubes de tiros e as armas são emprestadas.
Há cinco anos na profissão, o agente Guilherme Oliveira Lima disse que a noticia é triste, mas ele está satisfeito, uma vez que se reciclou e se sente mais preparado para operar nas unidades prisionais.
“Não é um papel que vai provar algo, estamos aqui por voluntarismo, gastando dinheiro do bolso para estar preparados, que é algo que o Governo não preocupa”, lamentou.
Com a decisão os trabalhos que tiveram início nesta segunda-feira (21), e terminariam apenas na próxima quinta (31), foram finalizados hoje (25).