Você deve lembrar da famosa cena do filme de Titanic em que a banda de música clássica toca até o final, deixando o navio apenas quando não há mais condições de continuar de pé e acalmando os passageiros. Alguns diziama que seria uma forma chique de morrer na primeira classe. Desta banda, apenas um instrumento foi resgatado: o violino, que foi a leilão e arrematado por 900 mil euros.
O instrumento está rachado, manchado de água e tem apenas duas cordas. Ele pertencia a Wallace Hartley, o violonista oficial dos jantares de primeira classe do Titanic. Pensou-se por anos que o violino tinha sido perdido para o mar quando Hartley e o resto de sua banda se afogou junto com outros 1.500 passageiros na madrugada de 15 de abril de 1912. Mas em 2006, um homem não identificado encontrou o instrumento em uma mala de couro no sótão da casa de sua mãe.
Alguns especialistas duvidaram da sua autenticidade, alegando que o instrumento não poderia ter sobrevivido depois de ser submerso em água do mar por tanto tempo e em tal temperatura de água. Mas historiadores, cientistas e peritos forenses, juntamente com leiloeiros de objetos do Titanic, o filho de Henry Aldridge e biógrafo do músico analisaram o objeto por sete anos. Pesquisaram bastante a história por trás dele antes de declarar que era mesmo um instrumento original e esteve à bordo do Titanic.
Os avaliadores contaram que o músico tinha amarrado o instrumento a seu peito em uma bolsa de couro e este tinha sido devolvido a sua noiva, Maria Robinson antes dela ser transferida para o Exército da Salvação. De lá, ele foi dado a um professor de violino, que por sua vez deu a mãe do vendedor, uma música amadora.
Ele foi comprado por um colecionador britânico de objetos do Titanic. O valor total do objeto com impostos e papel de certificação de autenticidade foi de 1.100.000 euros. O recorde anterior de uma peça do navio era de 220.000 mil.