Depois de uma assembleia realizada pelos professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) ficou decidido que eles vão participar da paralisação nacional que vai acontecer na terça (23) e quarta-feira (24). Também ficou definido que o indicativo de greve para o Campus de Rondonópolis está marcado para quinta-feira (25) por tempo inderterminado. O movimento docente conta com o apoio total do Diretório Central de Estudantes (DCE).
Para o movimento docente, o governo tem aplicado políticas que têm ampliado a precarização do trabalho da categoria e tem se negado a negociar uma pauta que valorize a carreira. Com a data limite de 30 de agosto para finalização da proposta Orçamentária de 2012 e a sinalização negativa do governo federal em conceder reajuste salarial, os docentes da UFMT se somam as diversas categorias do serviço público, ampliando o movimento que exige do governo a abertura de negociações efetivas.
De acordo com Laudenir Gonçalves, presidente da Adufmat em Rondonóplis, a deflagração de uma greve é necessária a fim de resistir às imposições do governo que desvaloriza o trabalho docente. A paralisação prevê a realização de uma Assembléia Geral de professores e alunos para discutir o Plano Nacional de Educação (PNE), os problemas da universidade e os motivos do movimento. Além disso, será apresentado um resgate histórico de outros movimentos para fundamentar as bases de construção da próxima greve.
Durante a assembléia, a diretoria da Adufmat – Seção Sindical do ANDES-SN , em Rondonópolis, constatou a insatisfação dos docentes não apenas com as questões salariais da categoria, mas problemas graves de estrutura física e em condições precárias para o desenvolvimento fluente das atividades docentes, de pesquisa e de extensão, além da implantação da UFR (Universidade Federal de Rondonópolis).
Durante a assembleia da Adufmat em Rondonópolis, o presidente da Associação, Laudenir Antonio apresentou aos professores um painel das negociações com o Governo Federal. Mostrou que a categoria está tentando negociar desde março uma pauta conjunta com os demais servidores públicos federais e outra específica, mas, os representantes do Ministério do Planejamento estão repetidamente protelando uma negociação efetiva.