Uma pesquisa realizada pela Anatran (Associação Nacional de Trânsito) mostrou que mais de 70% da população brasileira acredita que a principal causa de acidentes de trânsito são o despreparo e o desrespeito alheio do motorista. A pesquisa mostra que os indícios deste resultado estariam presentes em diferentes aspectos da realidade como, a percepção de incapacidade dos demais motoristas; o excesso de confiança do próprio condutor; a ausência de conhecimento a respeito da Legislação de Trânsito e o baixo nível de conhecimento dos direitos e deveres do cidadão.
Há alguns meses órgãos e entidades de Rondonópolis têm se unido em campanhas para diminuir os índices de acidentes registrados na cidade. Segundo o comandante Regional do Corpo de Bombeiros de Rondonópolis, coronel Vanderlei Bonoto Cante, explicou que realmente a maior parte dos motoristas não estão ‘educados’ para o trânsito.
“Para se ter uma noção da gravidade na situação de Rondonópolis é só analisar pelos leitos dos hospitais, cada dez leitos ocupados, oito são por vítimas de acidente de trânsito”, fala. De acordo com Bonoto o álcool também é um dos vilões do trânsito. “A maior incidência de acidentes acontece no fim de semana, porque os motoristas bebem e cometem a imprudência de dirigir colocando em risco a vida deles e das outras pessoas”, alega.
O comandante contou que ações como as blitz que vem sendo realizadas pela Polícia Militar têm trazido respostas imediatas com a queda no número de acidentes. “Os acidentes envolvendo carros caiu em 30%, mas de contrapartida os motociclistas continuam nos preocupando, já que o número de acidentados vem aumentando. Na região sul, neste ano, já morreram 89 pessoas vítimas de acidente”, conta.
Pesquisa
A falha humana é apontada como a maior causa de acidentes por 92,8% dos entrevistados. E 88,9% consideram que o conhecimento das leis de trânsito ajudaria a reduzir os acidentes.
De acordo com os dados, quando os entrevistados foram questionados se o motorista brasileiro conhece e respeita a Legislação de Trânsito, apenas 41% discordaram e 42,5% não discordam nem concordam. A pesquisa foi realizada entre sete de agosto a quatro de setembro, de 2011.