Marílson Gomes dos Santos, o melhor maratonista brasileiro em atividade, não conseguiu completar a Maratona de Chicago. O brasileiro sentiu mal-estar a partir do quilômetro 26 , diminuiu o ritmo e, quando chegou ao quilômetro 33, decidiu abandonar a prova.
– O clima estava bom no início da disputa, mas o calor foi aumentado. O isotônico que eu pegava nos postos de hidratação estava muito quente. Isso pode ter provocado o mal-estar – conta Marílson.
O brasileiro, bicampeão da Maratona de Nova Iorque e tricampeão da São Silvestre, tinha como principal objetivo garantir o índice olímpico para Londres 2012. Devido aos bons resultados neste ano, acreditava-se, ainda, que ele poderia baixar sua marca pessoal, caso fatores externos não o atrapalhassem.
Seu técnico Adauto Domingues também atriubui ao calor o mal-estar de Marílson .
– A temperatura subiu durante a prova e isso atrapalhou – afirma Adauto Domingues, seu técnico.
O índice para a maratona nas Olimpíadas de Londres deve ser obtido até 29 de abril de 2012 e o brasileiro tentará novamente conseguir a marca, que, segundo a Cbat, é de 2h18m.
– Ainda vamos conversar sobre isso. Talvez ele dispute a Maratona de Roterdã, em 15 de abril – planeja o técnico.
Cruz Nonata, da mesma equipe que Marílson, estreou no percurso de 42 km e 195 m com um nono lugar. A atleta fez 2h35m35s. Não garantiu o índice para a maratona nas Olimpíadas de Londres, mas recebeu elogios.
– O calor também atrapalhou a corrida dela. Mas acho que por ser sua primeira maratona, em clima quente, foi muito bom. Ela correu direitinho – diz Adauto.
De Chicago, Marílson e Cruz Nonata seguem com o técnico Adauto Domingues para San Luis Potosi, para o centro de treinamento de La Loma, no México, onde o atletismo brasileiro faz seus últimos dias de preparação para o Pan-Americano de Guadalajara.