Representantes do Frigorifico Mataboi se reuniram, nesta terça-feira (29/11), com pecuaristas credores e a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), para apresentar a proposta de pagamento da dívida, peça do processo de recuperação judicial, que não agradou os credores.
O frigorifico sugeriu o pagamento em quatro parcelas trimestrais, no primeiro ano, aos pecuaristas credores com até R$ 25 mil em créditos. Sempre prevendo o pagamento em parcelas trimestrais, no segundo ano os pecuaristas com crédito de até R$ 60 mil começam a receber. No terceiro ano, os pecuaristas com créditos até R$ 90 mil. No quarto ano, os demais credores.
Consta na proposta que o primeiro pagamento terá início em 90 dias após a “data inicial” e os demais, trimestralmente, sucessivos ao primeiro pagamento. A proposta ainda prevê a aceleração de pagamento aos pecuaristas que fornecerem matéria-prima ao frigorifico, o que não diz respeito aos credores de Rondonópolis, pois a unidade no município esta fechada desde o dia 29 de março.
A proposta apresentada pela Acrimat é de pagamento de R$ 100 mil em 30 dias após a homologação do Plano aprovado pela Assembleia Geral dos Credores – AGC, independente do montante da dívida, e o restante do crédito dividido em 24 parcelas mais correção monetária pelo índice do INPC. “Essa é a proposta que vamos levar para a Assembleia Geral de Credores”, disse o superintendente da Acrimat, Luciano Vacari. A Assembleia esta marcada para o dia 13 de dezembro, no Pica-Pau Country Clube, no município de Araguari (MG). Já a segunda convocação está agendada para o dia 19 de dezembro, no mesmo horário e local.
A dívida do Mataboi com os pecuaristas de Mato Grosso, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Goiás é de R$ 120 milhões, sendo R$ 20 milhões só com os produtores de gado mato-grossenses. Com os bancos o débito é de R$ 80 milhões e demais credores R$ 50 milhões. O Mataboi encerou suas atividades no dia 29 de março quando entrou com o pedido de recuperação judicial.
Vacari foi categórico em afirmar que “a Acrimat, atendendo a vontade de seus associados credores, não concorda com a proposta apresentada”, concluiu o superintendente.