O delegado Antônio Esperândio, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), concluiu, na quarta-feira (14), o flagrante do técnico em informática Carlos Henrique Costa Carvalho, de 25 anos. Ele é réu confesso do assassinato da ex-sogra e do enteado de apenas quatro anos.
Os crimes ocorreram no último domingo (11), no bairro Dom Aquino, em Cuiabá. Carlos que está preso na Penitenciária Central do Estado, indiciado por duplo homicídio.
O delegado explicou que teve que adiantar a conclusão das investigações considerando que o prazo legal de 10 dias venceria no meio do feriado.
Em seu interrogatório, Carlos voltou a se reservar o direito de falar somente em juízo. Segundo o delegado, ele mais foi “mais técnico” ao dizer que tinha o direito constitucional do silêncio.
“Pelo jeito, ele (Carlos) vai ficar em silêncio também durante o trâmite processual”, observou Esperândio.
Carlos foi autuado em flagrante pela morte da ex-sogra Admárcia Mônica Alves, de 43 anos. Ela foi executada a facadas e carbonizada, na sequência.
Depois, ele pegou o enteado, o pequeno Ryan, de quatro anos, e o jogou da ponte do rio Cuiabá, no bairro do Porto.
O duplo homicídio ocorreu por volta das 5 horas da madrugada, na Rua São Cristóvão, onde a família reside.
Segundo os policiais, em seu interrogatório na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pesso, o suspeito demonstrava uma aparente tranquilidade.
Crueldade
Conforme policiais que participam das investigações, a ex-sogra foi executada a golpes de faca que atingiram o tórax; em seguida, ele recebeu mais golpes pelo corpo.
Em seguida, Carlos despejou uma garrafa de álcool no corpo de mulher, e ateou fogo.
O crime ocorreu na frente do ex-enteado. Em seguida, ele pegou o menino pelo braço e o levou até um ponto do rio Cuiabá, onde jogou a criança.
Protestos
Nesta semana, familiares de Admárcia e Ryan protestaram contra a violência, em atos públicos.
O avô de Ryan e ex-marido da professora, o fotógrafo Luiz Alvez, afirmou que as mortes provocaram uma “ferida enorme”.
O pai de Ryan, o cantor Lauro Camargo, afirmou que sua vida “acabou” com a morte do filho.