A Grande Cuiabá já registrou 350 assassinatos em 2012, o que significa que quase uma morte foi registrada por dia. A “marca” foi atingida no dia 11 de dezembro, com o assassinado de um rapaz no Jardim Eldorado, em Várzea Grande. Se forem somados os dois homicídios ocorridos na Cidade Industrial, o número de execuções neste ano sobe para 356.
Faltando apenas sete dias para o término do ano, a Grande Cuiabá não deverá atingir a marca de 2011, que fechou o ano com 380 assassinatos. Essa é a expectativa da área de segurança pública.
Para o comandante do Comando Regional I, coronel Jadir Metelo Costa, apesar de alto, o número de assassinatos na Capital é inferior ao mesmo período do ano passado.
“Não estamos numa situação de descontrole. Apesar de no total, ser um número elevado (de homicídios), ainda é menor do que o que foi registrado em dezembro do ano passado”, frisou.
O comandante lembrou que as reduções foram mês a mês. Ele calcula que Cuiabá terá de 30 a 40 homicídios a menos em 2012 comparado com 2011, o que representaria um mês a menos de assasssinatos. Ele acredita que isso é resultado do intenso trabalho da polícia na repressão de entorpecentes e apreensões de armas em Cuiabá.
Dados da Polícia MIlitar apontam que, em média, nos últimos três meses, foram atendidas 350 ocorrências de entorpecentes, sendo cerca de 200 para uso e 150 para tráfico.
“Como o tráfico e uso de drogas está ligado ao número de homicídios, furtos e até roubos, temos um cenário de diminuição de vários crimes e entre eles, os homicídios”, destacou coronel.
Tantas pessoas presas por tráficos fez com que o Poder Judiciário abrisse mais uma Vara Especializada em Delitos de Tóxicos na Comarca de Cuiabá. Além da 9ª Vara, agora a 13ª Vara atende a processos ligados a entorpecentes.
As investigações realizadas pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) apontam que o tráfico de drogas é a motivação em quase metade dos assassinatos. Os policiais lembram que, na maior dos crimes envolvendo entorpecentes, a vítima era usuária.