Rondonópolis, o terceiro maior colégio eleitoral de Mato Grosso, inicia em março os trâmites necessários para dar início a revisão do eleitorado por meio da biometria, sistema totalmente digital que identifica o eleitor através das impressões digitais dificultando assim a possibilidade de fraude. Para isso, o presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE), desembargador Rui Ramos Ribeiro, se reúne às 15 horas desta segunda-feira (28) com o prefeito daquele município, Percival Muniz (PPS), para tratar das providências necessárias para iniciar o processo.
A reunião será realizada no gabinete do prefeito e contará também a participação do presidente da Câmara Municipal, vereador Ibrahim Zaher (PSD); do diretor geral do Tribunal, Mauro Sérgio Rodrigues Diogo; e do secretário de Tecnologia da Informação do TRE-MT, Ailton Lopes Júnior. Antes, pórem, às 9 horas do mesmo dia, o presidente do Tribunal se reúne com os juízes e servidores da 10ª, 45ª e 46ª zonas eleitorais, também para tratar da biometria em Rondonópolis. A reunião será realizada no Fórum Eleitoral, situado à rua Fernando Corrêa da Costa.
Nas eleições municipais do ano passado, eleitores de 8 municípios do Estado já utilizaram o sistema biométrico para votar. Para este ano, além de Rondonópolis, o TRE fará neste ano a revisão do eleitorado por meio da biometria em outros 12 municípios: Lucas do Rio Verde, Pontes e Lacerda, Poconé, Rosário Oeste, Nobres, Campos de Júlio, Planalto da Serra, Indiavaí, Cocalinho, Araguaiana, Luciara e Serra Nova Dourada.
De acordo com o Tribunal Regional, esses municípios foram escolhidos para começar a atualização de dados cadastrais
com base na proximidade entre o número de eleitores e o número total de habitantes de cada cidade. O patamar considerado aceitável pela Justiça Eleitoral gira em torno de 60% de eleitores, em relação ao contingente populacional. Conforme o senso realizado em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de eleitores nesses 13 municípios supera o patamar de 70% da população. Em Serra Nova Dourada, por exemplo, existem 1.365 habitantes para 1.467 eleitores, ou seja, há mais eleitores cadastrados do que habitantes.
A utilização do sistema biométrico torna mais segura a identificação do eleitor durante o processo de votação, pois através de um equipamento acoplado à urna eletrônica, a impressão digital do eleitor é reconhecida e a partir daí é liberada a votação apenas a ele, impedindo que outras pessoas possam votar em seu lugar.