Academia da Polícia Judiciária Civil (Acadepol) promove nas próximas semanas o “Curso de Tiro, Método Giraldi”, realizado entre os dias 25 de março a 19 de abril, no Stand de Tiro Pantanal, em Cuiabá. Para este ano a Acadepol programou a aplicação do curso para 18 turmas na região metropolitana e interior do Estado, totalizando a capacitação de 540 policiais civis.
Na Capital, os alunos estão divididos em sete turmas de 30 alunos, atendendo policiais de Cuiabá, Várzea Grande e da regional de Diamantino (208 km a Médio-Norte). Os demais treinamentos serão aplicados nas regionais de Sinop (500 km a Norte), Rondonópolis (212 km ao Sul), Cáceres (228 km a Oeste) e Barra do Garças (509 km a Leste). A perspectiva é a capacitação de 180 policiais na região metropolitana e 360 no interior do Estado.
O curso é ministrado em cinco dias, sendo a primeira aula teórica realizada na Acadepol e as demais aulas práticas no Stand de Tiro Pantanal. Na programação é previsto uma média de 250 tiros por aluno, sendo 200 tiros de pistola ponto 40 e 50 tiros de espingarda calibre 12.
Conforme o Diretor da Acadepol, Milton Teixeira Filho, o curso é uma iniciativa para o aperfeiçoamento da atividade desempenhada pelo profissional de segurança pública “O aprimoramento da habilidade de uso e manuseio são fundamentais e devem ser constantes para que nas situações de risco, o policial aja com controle e de maneira assertiva”, destacou.
O treinamento, ministrado pelo coronel Rhaygino S. R. Setubal, envolve fundamentos de tiro em pista com simulações e alvo, montagem e desmontagem de armamento, cargas e recargas, limpeza, manutenção, porte, transporte, entre outras técnicas do tiro tático. O objetivo é uma capacitação continuada, em que o policial presencia na prática situações que ele pode encontrar em campo.
Segundo a investigadora da Delegacia da Mulher, Viviane Meyer, a maneira como o instrutor repassa as técnicas, de forma simples e clara faz toda diferença na aplicação do curso. “Mesmo aqueles que já conhecem bastante de armamento, estão aprendendo informações úteis para realidade rotineira”, disse.
De acordo com o coronel Setubal, o treinamento visa capacitar o policial civil na utilização do armamento com mais segurança, além de passar novos conhecimentos e procedimentos no manuseio da arma. “O curso é composto de seis fases e está sendo aplicado na íntegra, com a responsabilidade de priorizar a preservação de vidas e a aplicação da lei”, declarou.
Para o investigador da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Várzea Grande, Gilberto dos Santos, o curso é uma oportunidade que deve ser aproveitada pelo policial civil. “Nós que lidamos todos os dias com situações que envolvem violência, precisamos estar preparados tanto tática quanto psicologicamente”, disse.
A escrivã da Central de Ocorrências, Lenis Brazileiro Borges, também ressaltou a necessidade do aperfeiçoamento da técnica. “Mesmo na função de escrivão, o policial pode se deparar com uma situação de perigo, em que é preciso estar preparado”, concluiu.
O curso de tiro é realizado por meio de convênio com a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), do Ministério da Justiça.