Durante 20 anos, Michael Phelps teve pressa. Muita pressa. Queria sempre chegar do outro lado da piscina antes de todo mundo. Teve sucesso em quase todas as suas tentativas e virou o maior atleta olímpico da história, com 22 medalhas no currículo. Agora, enfim, tirou o pé do acelerador. Relaxado, o fenômeno da natação está colhendo os frutos de tantas conquistas e aproveitando as regalias da vida de “aposentado” aos 27 anos. O Prêmio Laureus de “Conquista Excepcional”, garantido nesta segunda-feira, no Rio de Janeiro, veio para coroar ainda mais uma “carreira dos sonhos”, como ele mesmo definiu.
– A melhor competição da minha carreira foi a de 2008 (Jogos Olímpicos de Pequim). Mas o melhor momento foi toda a minha carreira. Eu conquistei tudo o que queria. A minha carreira foi um sonho – afirmou o astro americano, após deixar o palco do Municipal.
Mesmo longe das piscinas desde Londres, Phelps segue atraindo os holofotes. Na noite desta segunda-feira, foi o centro das atenções do Prêmio Laureus 2013, realizado no Theatro Municipal. O americano estava concorrendo à estatueta de Melhor Atleta do Ano, mas foi superado pelo jamaicano Usain Bolt. O ex-nadador acabou saindo da premiação com outra homenagem. Ele ganhou o prêmio de “Conquista Excepcional”, por todas as suas façanhas na Inglaterra e ao longo da carreira. A escolha foi feita pelas 46 lendas do esporte que fazem parte da Academia Laureus.
– Uma das coisas mais legais é poder receber um prêmio de atletas que são ícones. É realmente uma grande honra. Raramente fico sem palavras, mas ainda estou tentando absorver tudo isso. Eu nunca vivi nada igual antes. É um prêmio maravilhoso.
Em sua segunda visita ao Rio de Janeiro, Phelps conheceu o Complexo Esportivo da Rocinha, além de prestigiar o “Oscar do Esporte”. Sempre com um sorriso no rosto, distribuiu elogios ao Brasil e admitiu que mudou depois de tirar o enorme peso das costas de precisar seguir colecionando medalhas de ouro.
– Tem muitas coisas que ainda quero fazer, mas estou em um processo de curtir. Não tenho entrado muito na piscina. Tenho viajado pelo mundo e estou me divertindo, curtindo a aposentadoria. Estou feliz e mais relaxado. Isso era algo que procurava há algum tempo e agora me sinto feliz por poder aproveitar.
O principal compromisso ultimamente tem sido se divertir. Isso inclui o golfe, as ações pela Fundação Michael Phelps e as viagens pelo mundo para conhecer e ajudar projetos sociais para crianças carentes.
– Estou no Rio pela segunda vez e tenho vivido experiências incríveis por aqui. Tenho me divertido muito. O que eu mais gosto é ver o sorriso de uma criança. É isso o que me faz feliz. Quero fazer isso mais vezes.