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Países confirmam mortes de reféns na Nigéria

Itália, Reino Unido e Grécia afirmam que mortes são 'prováveis'.

Fonte: DA REDAÇÃO COM G1
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Homem lê jornal no que exibe manchete afirmando que sete reféns foram mortos, de acordo com declação do grupo islamista Ansaru (Foto: AP)
Homem lê jornal no que exibe manchete afirmando que sete reféns foram mortos, de acordo com declação do grupo islamista Ansaru (Foto: AP)

As autoridades italianas, britânicas e gregas consideraram “provável” a morte de sete estrangeiros sequestrados em fevereiro na Nigéria, depois do anúncio das mortes no sábado pelo grupo islamita nigeriano Ansaru.

De acordo com o centro americano de monitoramento de sites islamitas SITE, o grupo Ansaru anunciou no sábado que “se viram forçados a executar” os sete homens, mencionando principalmente as “ações lançadas pelos governos britânico e nigeriano para libertar os reféns”.

Em 16 de fevereiro, dois libaneses, dois sírios, um grego, um italiano e um britânico, funcionários da empresa de construção libanesa Setraco, foram sequestrados no norte da Nigéria.

“As verificações efetuadas em coordenação com os outros países interessados nos levam a considerar fundada a informação sobre a morte dos reféns sequestrados no mês passado na Nigéria”, indicou neste domingo o Ministério italiano das Relações Exteriores.
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“Estou em posição de confirmar que um britânico que trabalhava no setor da construção, mantido como refém desde 16 de fevereiro, provavelmente foi morto quando estava em poder de seus sequestradores, assim como outros seis estrangeiros que nós acreditamos que também tenham sido assassinados de forma trágica”, anunciou neste domingo em um comunicado o ministro britânico das Relações Exteriores, William Hague.

O Ministério das Relações Exteriores da Grécia também comunicou neste domingo que “o cidadão grego sequestrado na Nigéria, junto com seis cidadãos de outros países, morreu”.

Um funcionário da empresa Setraco na Nigéria disse que esperava a confirmação da morte dos reféns pelas autoridades desse país.

No entanto, o coronel Mohamed Yerima, porta-voz do Exército nigeriano, contatado pela AFP, se negou a fazer comentários, enquanto que o porta-voz da Polícia, Frank Mba, declarou que não podia confirmar a morte dos reféns. Não houve tentativa de libertar reféns, segundo Londres e Roma

Um porta-voz do Ministério britânico da Defesa negou qualquer envolvimento do Reino Unido em uma tentativa de libertação dos reféns. O comunicado do Ansaru mencionava “cinco aviões de combate, soldados e membros dos serviços secretos’ britânicos presentes no estado de Bauchi (norte), onde os sete homens haviam sido sequestrados, para tentar localizá-los.

Referindo-se ao apoio logístico fornecido pelo Reino Unido a França e Nigéria durante a intervenção armada no Mali, o porta-voz britânico declarou que não é ‘completamente inverossímil’ que aviões britânicos sobrevoem esta região para transportar soldados e material.

“Os governos interessados não tentaram uma intervenção militar para libertar os reféns”, indicou, por sua vez, o Ministério italiano das Relações Exteriores, denunciando uma “expressão aberrante de fanatismo odioso e intolerante”. “Trata-se de um ato terrorista atroz”, indicou a chancelaria italiana, enquanto o presidente Giorgio Napolitano denunciou ‘um assassinato bárbaro’.

O chefe da diplomacia britânica assegurou ao governo da Nigéria que vai colaborar para que os ‘responsáveis por esses atos odiosos prestem contas e no combate ao terrorismo’.

Segundo o SITE, o comunicado que anunciava a morte dos reféns, em árabe e em inglês, estava acompanhado de reproduções de um vídeo “que mostram os reféns mortos”.

Depois do sequestro, Ansaru mencionou “transgressões e atrocidades cometidas contra a religião de Alá (…) pelos países europeus em vários lugares de Afeganistão e Mali”.

O Ansaru é considerado uma facção do grupo islamita nigeriano Boko Haram, responsável pela morte de centenas de pessoas em ataques praticados no norte e no centro da Nigéria desde 2009.

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