O tiroteio que deixou pelo menos dois policiais feridos em Roma manteve a tensão em um momento que deveria encerrar a crise política italiana. Neste domingo (28), o novo primeiro-ministro Enrico Letta fez seu juramento de posse, acompanhado por uma equipe escolhida depois de muita negociação.
O impasse no sistema parlamentarista italiano começou em fevereiro, quando nenhum dos partidos atingiu a maioria necessária para governar. Ao longo de dois meses, os partidos tentaram se organizar para formar o novo gabinete, mas as negociações foram duras.
A solução encontrada foi reeleger o presidente Giorgio Napolitano, de 87 anos, para mais um mandato – o mandato de presidente dura sete anos. A função do político seria mediar a escolha do novo gabinete, o que resultou na escolha de Enrico Letta como primeiro-ministro.
Letta, de 46 anos, era vice-secretário do Partido Democrata (PD), moderado de esquerda. Em sua coalizão, aceitou também membros do partido Povo da Liberdade (PDL), de direita, ao qual pertence Silvio Berlusconi, e da Escolha Cívica, de centro, do ex-primeiro-ministro Mario Monti, que anunciou sua renúncia no fim de 2012.
Os 21 ministros escolhidos por Letta formam uma equipe que, segundo a agência Efe, foi considerada renovadora na Itália. Isso porque os nomes apontado não são mais as “grandes personalidades” dos principais partidos, e a idade média de 53 anos indica que é uma nova geração que chega ao poder.
Além disso, o governo contará com sete ministras, o que estabelece um novo recorde de participação feminina no país, segundo o próprio Letta fez questão de destacar quando apresentou o gabinete, no sábado.