A “crise dos pneus” que movimenta os bastidores da Fórmula 1 acaba de ganhar um novo capítulo. Após monopolizar o noticiário automobilístico por causa do festival de pneus furados e do “Testgate”, como ficou conhecido o escândalo envolvendo a Mercedes, a Pirelli vive agora um impasse na renovação de seu contrato com a categoria. Paul Hembery, chefe da fornecedora exclusiva da F-1, descreveu a situação como “bizarra”.
– É uma das situações mais bizarras que já vi. Temos acordos em vigor com a maioria das pessoas envolvidas com a F-1, mas nada está claramente definido. Até que alguém nos diga o contrário, não vamos mudar em nada o nosso trabalho, mesmo com o fim do contrato se aproximando – declarou Hembery.
Apesar do desgaste provocado pelo polêmico episódio dos pneus furados, a empresa italiana já havia demonstrado interesse em continuar como fornecedora exclusiva da categoria. Em 2010, a fabricante foi escolhida pela FIA e pelas equipes que disputam a Fórmula 1 para um contrato de três temporadas, que expira este ano.
A FIA, no entanto, ainda não se pronunciou sobre a permanência da Pirelli como fornecedora exclusiva. O chefe da Pirelli está convencido de que a fabricante vem desenvolvendo um bom trabalho após o fatídico festival de estouros no GP da Inglaterra, e afirmou que a empresa poderia até mesmo deixar a F-1 se nenhum acordo for aprovado rapidamente.
– Nós estamos tentando normalizar a situação. As duas últimas corridas, na Alemanha e na Hungria, são provas consistentes de que nós estamos procurando solucionar os problemas e resolver os questionamentos que foram depositados sobre nós – avaliou o chefe da Pirelli.
A Fórmula 1 retorna das férias do meio da temporada com o GP da Bélgica, no tradicional circuito de Spa-Francorchamps, no dia 25 de agosto. Confira aqui um balanço com os principais resultados das primeiras 10 etapas da temporada.
