Após cair para o sétimo lugar do ranking mundial e amargar sua pior posição desde 2002, Roger Federer foi “promovido” à quinta posição da lista da ATP e ganhou fôlego extra em sua complicada temporada. O suíço, no entanto, continua bem distante da fase implacável dos tempos áureos. Para o arquirrival Rafael Nadal, a situação deve ser encarada com naturalidade.
– A nossa geração foi dominante, regular e de um nível altíssimo. Dos últimos 34 torneios de Grand Slam, só houve um ganhador fora dos quatro primeiros do ranking (o título do argentino Juan Martín del Potro no US Open de 2009). O restante foi conquistado por Federer, Murray, Djokovic ou por mim. O tênis sem Federer vai continuar sendo tênis. Teremos perdido um dos nomes mais importantes da história, mas o mesmo acontecerá quando eu, Djoko ou Andy nos aposentarmos – analisou o espanhol, atual número 2 do mundo.
Como de costume, Rafael Nadal voltou a exaltar os duelos travados contra o suíço, em uma das rivalidades mais marcantes da história do tênis. Em nove anos, os dois disputaram 31 partidas no circuito profissional, com o espanhol vencendo 21 confrontos. No último deles, Nadal avançou às semifinais do Masters 1.000 de Cincinnati, torneio em que se consagraria vencedor, após bater Federer de virada, por 2 sets a 1.
– São partidas especiais. Com Federer, vivo e vivi uma rivalidade desde que comecei. Passamos por muitos momentos lindos. Fico muito feliz por ter participado destes confrontos. Não creio que o objetivo dele seja voltar a ser número 1 do mundo. Acho que ele valoriza mais os títulos do que o topo do ranking mundial – disse Nadal.
Caso se encontrem dentro da quadra no ATP Finals, em Londres, Nadal terá a chance de acabar com a hegemonia do suíço no torneio que encerra o circuito da ATP e reúne os oito melhores jogadores da temporada. O espanhol não conseguiu vencer nenhum dos quatro duelos travados contra o adversário na competição. Em 2010, o confronto aconteceu na final, e Federer faturou o título ao vencer o “Touro Miúra” por 2 sets a 1.