A Polícia Federal deu início na manhã de hoje (18) em Cuiabá, Tangará da Serra, Barra do Garças, Jaciara e dezenas de cidades em 13 Estados a Operação Esculápio para combater esquema de uso de diplomas e documentos falsos perante a Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), com objetivo de obter a revalidação e, desta forma, poder exercer a medicina no Brasil. Os federais devem prender 4 pessoas em Mato Grosso e outras 37 em São Paulo, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Rondônia, Paraíba, Paraná, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Ceará, Bahia, Amazonas, Alagoas e Acre. Os mandados foram autorizados pela 7ª Vara Criminal da Justiça Federal, em Cuiabá.
A Polícia Federal informa que começou as investigações após a UFMT informar que manteve contato com as Universidades Bolivianas (Universidad Nacional Ecológica – UNE, Universidad Técnico Privada Cosmos – UNITEPC e Universidad Mayor de San Simon – UMSS), as quais confirmaram que dentre os inscritos no programa de revalidação, 41 pessoas nunca foram alunos ou não concluíram a graduação nessas instituições.
Os federais constataram que, dos 41 inscritos no programa de revalidação, 29 foram representados por cinco advogados ou despachantes, que teriam sub-rogado outras pessoas para realizar a inscrição dos supostos médicos. Os acusados responderão pelos crimes de uso de documento falso e falsidade ideológica.
Esculápio, nome desta operação, é o Deus da medicina e da cura na mitologia greco-romana.
A operação é comandada pela Superintendência da Polícia Federal em Cuiabá, informa a assessoria.