A Câmara Municipal de Cuiabá promove na próxima quarta-feira (12/02), às 09 horas, no plenário de deliberações do legislativo municipal, uma audiência pública para debater a organização e a regulamentação da atividade dos vendedores ambulantes de alimentos ante a situação da ameaça do poder público em retirar estes pequenos comerciantes informais dos espaços públicos das ruas do centro de Cuiabá.
“O objetivo da audiência pública será o de ouvir as alegações do poder público e as reivindicações dos vendedores de alimentos de rua. Queremos intermediar um consenso que atenda os interesses destes trabalhadores com o poder público, haja vista, que a atividade ambulante é um meio de acesso a emprego e renda para centenas de trabalhadores que tem nesta atividade a única forma de sustentar as suas famílias”, explicou o vereador Dilemário Alencar (PTB), que junto com o vereador Haroldo Kuzai (SDD) são autores do pedido da realização da audiência pública.
O vereador disse também que é inegável que o comércio de alimento de rua se consolidou em nossa cidade como uma alternativa aos cidadãos para fazer uso de pequenas refeições fora de casa. Para Dilemário a grande procura do alimento de rua se dá principalmente pelo acesso fácil, rápido e menor custo. Pontuou também que a venda de lanches, sucos, água de coco, churros, pipocas, refrigerantes, doces, frutas, entre outros alimentos tem apoio popular e faz parte da cultura de todas as cidades brasileiras.
“A retirada dos vendedores ambulantes dos seus locais de trabalho não pode ser levada a diante, sem que antes haja uma negociação com base em propostas negociadas entre o poder público e a categoria para uma revisão na lei municipal 004 de 1992 que disciplina a atividade da venda ambulante em Cuiabá. Entendo que desta forma, a angústia vivida por estes trabalhadores da ameaça de serem retirados a qualquer momento pelo poder público pode ter fim, haja vista, não ser socialmente justa a proibição total desta atividade em alguns espaços públicos onde muitos vendedores ambulantes de alimentos trabalham há anos”, defendeu Dilemário.