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Impasse entre Município e Caixa trava obras do Escondidinho

Fonte: Por Míriam Trento
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Vereadores, representantes da região Salmen participaram da reunião - Foto: Aécio Morais / AGORA MT
Vereadores e representantes da região Salmen participaram da reunião – Foto: Aécio Morais / AGORA MT

O jogo de ‘empurra-empurra’ continua quando o assunto se trata das obras do Parque do Escondidinho, em Rondonópolis. Coagidos pela própria população e cansados do desgaste político devido aos atrasos, os vereadores reagiram e querem ir à ‘fundo’ para poder resolver definitivamente o problema que já se estende há anos. Segundo os parlamentares não há explicação para a obra estar parada há tanto tempo.

Na semana passada, alguns vereadores estiveram em Cuiabá para poder ouvir da superintendência da Caixa Econômica Federal qual a real situação do Parque (leia aqui). Porém em um encontro que aconteceu hoje (27), na Câmara Municipal, os vereadores foram surpreendidos pela resposta do secretário municipal, Melquíades Neto, que a versão dada pela Caixa não condiz com a da administração.

A Caixa teria informado aos vereadores que o que estava travando as obras era a demolição de uma imóvel. O vereador Lourisvaldo Manoel (Fulô – PMDB) explicou que foi repassado a eles pela Caixa que a demolição teria que ser feita pela Prefeitura, mas que acabou sendo realizada pela empresa responsável pela construção do Parque, a Ensercon. “Agora a empresa está cobrando R$ 270 mil pelo serviço e quer que esse valor entre no projeto. Mas mesmo com isso, a Caixa informou que não há motivos para que a obra pare, porque o dinheiro está disponível na conta”, dia Fulô.

Secretário Melquíades - Foto: Aécio Morais / AGORA MT
Secretário Melquíades – Foto: Aécio Morais / AGORA MT

O secretário Melquíades já conta que a verba está sim em uma conta administrada pela Prefeitura, mas que o dinheiro não está disponíveil. “Os recursos do Ministério do Turismo está empenhado, porém não estão desbloqueados”, afirma.

De acordo com Melquíades as obras estão paradas desde 2012, porque houve incompatibilidade de projeto, ou seja, faltavam itens no projeto original e isso comprometeria a obra, por isso foi necessário um novo planejamento. “Essa reprogramação já foi entregue, agora aguardamos uma autorização da Caixa”, se defende o secretário.

Com essa revisão o projeto custará a mais R$ 4,85 milhões, desse total o munícipio terá que entrar com uma contrapartida de R$ 190 mil. A Prefeitura já havia pago com recurso próprio R$ 160 mil.

O representante da Ensercon, Estevão Damião de Almeida Esposito, confirmou a versão dada pela Prefeitura e disse que com os problemas no projeto não era conveniente continuar com a construção, porque haveria a necessidade de desfazer o trabalho.

O vereador Adonias Fernandes (PMDB) que foi um dos autores da lei juntamente com Ananias Filho (PR), em 2005, contou que a obras estão paradas desde 2011 e que vem recebendo cobranças da população, por uma coisa que na verdade a Câmara não tem culpa. “Estamos buscando soluções, porém cada um diz uma coisa. Temos que descobrir quem está mentindo nessa história, afinal são mais de R$ 7 milhões em investimentos (entre obras e asfalto)”, desabafa o vereador.

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