O Indicador de Clima Econômico (ICE) do mundo, que havia melhorado entre abril e julho, caiu 14% em outubro ao passar de 130 pontos, em julho, para 112 pontos, de acordo com sondagem da Fundação Getúlio Vargas (FGV) em parceria com o Instituto alemão Ifo, tendo como fonte de dados a Ifo World Economic Survey (WES), divulgada nesta quinta-feira (13).
A piora do ICE mundial decorreu da queda do indicador nas principais economias: União Europeia (-13%), China (-13%) e Estados Unidos (-8,3%). “A queda significativa do indicador sinaliza uma piora do cenário econômico mundial para os próximos seis meses”, afirma a FGV.
O Brasil, no entanto, é um dos poucos países em que o indicador, baseado na avaliação de especialistas e investidores, melhorou em outubro, ao contrário do verificado na média mundial e também da América Latina e mundial. O indicador Ifo/FGV de Clima Econômico para o Brasil subiu 3,6%, passando de 55 pontos em julho para 57 em outubro, graças à melhora das expectativas.
Na América Latina, na comparação entre julho e outubro as expectativas melhoraram em cinco dos 11 países analisados (Brasil, Chile, Equador, Paraguai e Peru), ficaram estáveis em dois (Bolívia e Venezuela) e pioraram em quatro. Na comparação com o mesmo período do ano passado, a melhora das expectativas foi mais alta no Chile (+ 62%) e no Peru (+36%).
Com esses números, o indicador Ifo/FGV de Clima Econômico da América Latina (ICE) recuou 4,8% entre julho e outubro, ao passar de 84 para 80 pontos. Na mesma base de comparação, o Indicador da Situação Atual (ISA) caiu de 72 para 64 pontos e o Indicador de Expectativas (IE) manteve-se estável em 96 pontos. Todos os indicadores encontram-se na zona desfavorável de clima econômico, abaixo de 100 pontos, que é o limiar entre a zona favorável e a desfavorável.