Palco de momentos históricos do esporte brasileiro, o Maracanãzinho vai receber pelo segundo ano seguido o Final Four da Liga das Américas. O cenário ligado ao basquete, que tem o nome de um ex-presidente do Flamengo (Gilberto Cardoso), que morreu em um jogo da modalidade, tem um estreante vivendo dias especiais em sua carreira: Ricardo Fischer, armador do Bauru, de apenas 23 anos.
Mesmo jovem, Fischer já vem demonstrando o seu valor. Um dos destaques do Bauru no Novo Basquete Brasil e também na Liga das Américas, foi eleito MVP do Jogo das Estrelas do NBB. Agora, realizando um sonho, espera ir além de apenas pisar na quadra do Maracanãzinho.
– É tudo muito histórico. É a semana mais importante da minha carreira, da minha vida. Pela primeira vez, estou no Final Four da Liga das Américas e nunca tinha entrado aqui no Maracanãzinho, só visto pela televisão. Tudo entorno disso engrandece o basquete e o evento. Vamos bem concentrados para o jogo com o Peñarol-ARG e se Deus quiser jogar uma final – disse Fischer.
O confronto com o Peñarol-ARG será sábado. A outra vaga na decisão será entre Flamengo e Pioneros de Quintana Roo, do México. A chance de disputar a competição é mais um passo em outro salto que Fischer espera dar na carreira, chegando à seleção brasileira. Elogios do técnico Rubén Magnano ele já recebeu.
– É tudo muito natural. Uma consequência do que eu fizer no clube. Procuro melhorar sempre na pré-temporada, passo a passo, acrescentando algo mais ao meu jogo. Desta vez, melhorei a parte física, trabalhando separadamente com o Bruninho (preparador físico). Não fico pensando muito em seleção brasileira. Se estiver bem no clube, vou ser lembrado – comentou.
No banco do Bauru, Fischer encontra um exemplo a ser seguido. O técnico Guerrinha também atuava como armador e defendeu a seleção brasileira por muitos anos. O jovem aproveita os ensinamentos para evoluir, tanto no basquete quanto na vida.
– Ele é um cara muito experiente, não só como técnico, mas como armador que foi. Temos uma relação ótima e sempre me dá toques, com uma visão diferente de quem está fora da quadra. Ele tem me orientando no basquete e na vida pessoal – disse Fischer.