A greve dos caminhoneiros continua na manhã desta sexta-feira (24) em Rondonópolis. Hoje a paralisação completa o 2° dia. Os manifestantes trancaram a rotatória do “Trevão” até a região do Posto Esplanada saída para Cuiabá (215 Km de Rondonópolis) na BR 364/163. Eles querem a tabela do frete mínimo, que estabelece um preço base para o transporte de mercadorias.
Conforme informou os representantes da categoria, os caminhoneiros ainda não receberam nenhuma resposta do governo e a paralisação segue por tempo indeterminado.
Caminhoneiro a 37 anos, Mauro Bof, afirma que a categoria dos trabalhadores nunca teve apoio e sempre foi desvalorizada. Ele está com a carreta carregada de sal, com destino ao estado do Acre. “Estamos abandonados, nunca tivemos apoio. O Governo Federal acha que estamos brincando na estrada” desabafa o trabalhador.
O motorista popularmente conhecido como ‘Paraíba’, veio com a carreta carregada de milho do município de Primavera do Leste com destino a Uberlândia, ele trabalha para uma transportadora e diz que está recebendo todo apoio da empresa. “Eu já vim sabendo da paralisação, e estou sendo apoiado pela empresa que trabalho. Vamos permanecer até recebermos uma resposta” desabafa.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), as manifestações atingem sete trechos em seis cidades mato-grossenses. Apesar dos bloqueios, os policiais rodoviários afirmam que não existem grandes congestionamentos.
Segundo a PRF, os bloqueios são nas seguintes regiões: Lucas do Rio Verde (BR-163, km 688), Nova Mutum (BR-163, km 598), Sorriso (BR-163, km 748), Guarantã do Norte (BR-163, km 1058), Diamantino (BR-364, km 615) e em Rondonópolis (BR-364, kms 200 e 206). Em todos esses trechos os manifestantes autorizam somente a passagem de carros, ônibus, ambulâncias e veículos oficiais.
O Governo Federal tinha até a data desta quarta-feira (22) para apresentar uma proposta a respeito da tabela do frete mínimo, o que não ocorreu.
O movimento também acontece em outras cidades do país.
REFLEXO
Em Rondonópolis alguns Postos de Combustíveis já se encontram desabastecidos.