Apesar da festa, circunstância e pompa com que foi anunciada a filiação do Senador Blairo Maggi ao Partido da Mobilização Democrática Brasileira (PMDB), a coisa acabou não se efetivando por causa de dúvidas dos advogados surgidas a partir da nova legislação eleitoral.
Segundo o assessor do Senador Wellington Fagundes, José Márcio Guedes, que também preside o Partido da República (PR) em Rondonópolis (MT), toda a documentação de desfiliação de Blairo Maggi estava pronta e a comunicação ao Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE) seria feita na quarta-feira (18), um dia após o senador ter assinado a ficha de filiação ao PMDB.
Ainda de acordo com Guedes, assessores de Maggi estiveram no gabinete de Fagundes na segunda-feira (16), que antecedeu a filiação de Blairo ao PMDB, solicitando a assinatura, com um “ de acordo” de Wellington e José Márcio no pedido de desfiliação, “Foi no início da tarde de segunda, o Senador Wellington Fagundes assinou a carta, mas como ainda nutre estima pelo senador Blairo Maggi, não “deu” o de acordo com a esperança da permanência de Maggi no PR”, revelou José Márcio.
Já na quarta-feira (18) no meio da tarde, depois de já ter assinado a “ficha” no PMDB, o senador Blairo Maggi enviou um torpedo à José Márcio Guedes, perguntando se a desfiliação já havido sido feita, “respondi que ainda não havia encaminhado o pedido para o TRE, então foi me solicitado que não fizesse a entrega, já que a nova lei eleitoral havia suscitado uma dúvida quanto a legalidade da mudança de partido”, disse José Márcio.
Depois de receber a comunicação do pedido de suspensão da desfiliação, Guedes informou o fato ao senador Wellington Fagundes, “Comuniquei ao senador, que me pediu que atendesse não só o pedido, mas que cuidasse do caso com a máxima atenção e presteza, evitando assim, que qualquer fato possa prejudicar o senador Blairo Maggi”, finalizou Guedes.