A Secretaria Municipal de Saúde divulgou na tarde desta segunda-feira (25), durante coletiva de imprensa, o número de casos suspeitos de microcefalia em Rondonópolis. De acordo com a secretária de saúde, Marildes Ferreira, de 75 casos suspeitos que foram avaliados, 17 foram descartados.
“O que nós temos hoje são 75 recém-nascidos com suspeitas de microcefalia, todos esses bebês com medidas inferior ou igual 32 cm, foram avaliados e reavaliados. Destes, 17 já foram descartados, não estão com microcefalia. Agora temos 58 recém-nascidos para ser avaliados e reavaliados,” informou Marildes.
Desses números, segundo a secretaria, foram colhidos material (sangue) de oito recém-nascidos e encaminhados a um laboratório em São Paulo, dos quais cinco deram negativos e não apresentaram nenhum reagente de dengue, zika vírus ou chikungunya.
“Então nós não podemos afirmar nesse momento que algum caso de microcefalia em Rondonópolis esteja relacionado com Zika. Mas assim, como explicou nossos médicos, são exames preliminares e que existem outros exames, que o Ministério da Saúde ainda não determinou,” informou a secretaria.
De acordo com a médica Larissa Fonseca, apesar dos resultados serem negativos, eles não podem ser considerados como finais.
“Esses números não são fieis, o teste que atualmente está disponível para a zika ele vê a presença no momento do vírus. O teste não mostra se o bebe já teve o contato com o vírus. No momento que ele nasce, a mãe que contraiu o vírus no 1º trimestre de gestação, o bebê já não está com o vírus, ele está com a sequela do vírus, por isso o teste dá negativo, mas isso não quer dizer que essa mulher não teve zika.
Durante a coletiva foram apresentados dois ambulatórios que tem como objetivo acompanhar as gestantes com sintomas do zika vírus e os bebês com suspeitas de microcefalia.
Ainda será ofertado um curso de capacitação para enfermeiros e médicos da Rede, no dia 04 de fevereiro, na Câmara Municipal.
A secretaria ainda descartou que no município de Rondonópolis tenha uma epidemia das doenças dengue, zika e chikungunya. De acordo com a secretaria, neste mês, foram registrados três casos de dengue, sendo o bairro Sagrada família, registrado como maior índice de infestação do mosquito aedes aegipty.
“Nosso maior problema são as casas que encontramos fechadas. Apesar destes dados, não estamos descartando que o cidadão tenha atenção e cuidado, vamos intensificar nossas ações no intuito de combater o mosquito da dengue,” disse a secretaria.