A sétima edição do Festival de Teatro da Amazônia Mato-grossense, que acontece entre 05 e 13 de Novembro, em Alta Floresta, será marcada não só pelos grandes e importantes espetáculos ou pelas ações externas em várias escolas da rede pública em Alta Floresta. Esse ano o grupo idealizador, organizador e realizador do evento, Teatro Experimental de Alta Floresta, homenageou o ex-integrante e importante agente cultural de Mato Grosso, Anderson Flores. Flores, como era conhecido, faleceu no dia 18 de Agosto deste ano na capital do Estado.
O nome, Festival de Teatro da Amazônia Mato-grossense, foi proposto por ele, que teve também fundamental importância para o crescimento e fortalecimento do grupo e até mesmo da cultura local e estadual. Foram 17 anos de 35, participando do TEAF. Tanto tempo assim, não poderia deixar pouca saudade, deixou muita. Os integrantes do grupo, no entanto, entendem que se trata apenas de uma partida física, “Não, não será um festival sem a participação do Flores! Não será, simplesmente porque não sentimos sua ausência. Porquê ausência não há!”, destaca parte da nota assinada pelo grupo, que integra o programa digital do Festival.
Apesar do sentimento de saudade, as atividades continuam e a realização da sétima edição do Festival é a prova disso. Como forma de respeito e consideração ao Flores o TEAF decidiu materializar as homenagens. A logo do festival foi atualizada com traços e cores que remetem sua força e personalidade e ficará permanente para edições vindouras. A biblioteca do grupo que até então se chamava “Entrelinhas”, foi renomeada para; Biblioteca Anderson Flores.
Para o coordenador do Festival, Ronaldo Adriano, a homenagem é merecida. “Flores era formado em Letras, gostava muito de literatura, sempre gostou de ler e tinha um vasto acervo de livros. Seus pais, Pedro e Marta aceitaram a sugestão de uma amiga e fizeram questão de doar para a biblioteca do TEAF, por entender que aqui eles seriam mais lidos, por ser uma biblioteca que está aberta ao público”, afirmou.
Na abertura do evento, integrantes destacaram o texto “O Teatro nos unem e nos mantém juntos” que é um poema escrito por Anderson Flores, que também está disponível no programa digital do Festival.
Diante das dificuldades encontradas para realizar a sétima edição do Festival, o fato do grupo realizá-lo, também se torna um grande ato de respeito a Flores, que sempre buscava superar as intempéries, para que a arte e a cultura fossem levadas as pessoas. Flores tem valor cultural inestimável para Alta Floresta e para o Estado de Mato Grosso. Suas ações se perpetuarão para sempre, de maneira muito profunda e positiva, como o próprio grupo destacou em outro trecho da nota, “Choramos sim, sua ausência física, mas o teatro nos ensina muitas formas de estarmos juntos. Descobrimos, inclusive, que a presença em energia é ainda mais potente e as afetações continuam reverberando.”
As atividades seguem, e nesse fim de semana as apresentações ficarão por conta do Grupo O Imaginário de Porto Velho-RO, com o espetáculo “Mulheres do Aluá”, sexta e sábado, às 20h, no Espaço Cultural TEAF e Tibanaré de Cuiabá-MT, que apresenta “Andarilhos das Estrelas” domingo às 8h40, na Feira livre. O ingresso de todas as iniciativas será de valor voluntário, ou seja, as pessoas têm liberdade para pagar quanto quiser. O Festival integra o Circuito de Festivais de Teatro de Mato Grosso, idealizado pela Secretária de Estado de Cultura, com patrocínio do Governo do Estado de Mato Grosso. A programação completa pode ser acessada na página do grupo no Facebook www.facebook.com/teatroexperimentaldealtafloresta, ou pelo site www.teatroexperimental.com.br, no qual serão disponibilizados mais detalhes sobre os espetáculos desta edição do Festival.
