A presidente do Sindicato das Agentes Comunitárias de Saúde e Endemias da Região Sul de Mato Grosso, Marina Lara e a vice-presidente, Clemência esclareceram as denúncias feitas por um grupo da categoria recentemente de que elas estariam fazendo ameaças, apropriação indevida de documentos pessoais, coação, entre outros.
Atualmente o Sindicato conta com cerca de 300 filiados e nesta sexta-feira (18) será realizada uma nova eleição para a diretoria que irá comandar a entidade a partir do próximo. Segundo a presidente, apenas a chapa que tenta a reeleição teve o deferimento da Comissão Eleitoral enquanto a concorrente acabou indeferida. “O movimento todo começou quando tentaram registrar uma chapa e não conseguiram por não atender aos requisitos do estatuto social. Ainda foi feita uma prorrogação de três dias para que tivessem tempo hábil para se organizar, ” disse a presidente.
Com o indeferimento da chapa concorrente pela Comissão Eleitoral (escolhida em assembleia), a presidente informou que um grupo de 30 pessoas começou a movimentação e fazer as acusações. “As próprias pessoas que faziam parte da chapa começaram um movimento para desfiliação. Ontem, uma agente esteve na sede para fazer o pedido, no entanto, pedi a ela que retornasse no outro dia, pois estava sozinha e atrasada para uma reunião para discutir questões de interesse da categoria, ” comentou Marina.
Quanto a apropriação de documentos, a presidente explica que o Sindicato possui cópias de documentos pessoais, comprovante de endereço, documentos do arquivo municipal, de jornais e outros que conseguimos levantar com o Escritório Regional de Saúde, para a ajudar a regularizar a categoria. Segundo a presidente, muitas agentes comunitárias correm o risco de serem exoneradas. “Nós temos 112 comissionados e os demais são estáveis pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Para mudar isso, os vereadores e o prefeito aprovaram uma Lei que garante estabilidade para as que já trabalhavam até 14 de fevereiro de 2006, desde que feito por meio de processo seletivo público ” comentou a presidente.
No entanto, Marina Lara, afirma que o Sindicato tem lutado junto com algumas autoridades políticas para regularizar as que entraram até a realização do último seletivo em 2011. “Com a lei sancionada montamos um cronograma para regularizar por etapas, assim que regularizarmos todas, queremos lutar para que seja realizado concurso público para evitar novos impasses, ” declarou a presidente.
Quanto aos bingos, a presidente comentou que o último “show de prêmios” foi realizado em 2014, com intuito de arrecadar recursos para entidade, que garantiram a mesma a ter uma sede, localizada no centro, e um veículo para o Sindicato. “Na assembleia, os associados pediram para que não fosse mais feito bingo e sim, fosse descontado 3% do salário base, ” esclareceu Marina.
E acrescentou “Queria dizer que foi muito positivo nossas lutas, tudo o que conseguimos. Aqueles que confiam em nós que compareçam amanhã na votação,” finalizou a presidente.
OUTRO LADO
Nossa equipe não conseguiu o contato das agentes comunitárias contrárias a diretoria atual para ouvir a versão delas.