Em visita a Rondonópolis, o secretário estadual de Educação, Marcos Marrafon (PSDB), garantiu que as obras de reforma nas escolas que foram paralisadas devido as denúncias que foram apuradas e ainda estão sob investigação na Operação Rêmora, serão retomadas ainda este ano e já em 2017 devem estar todas concluídas.
A escola estadual que mais vem sofrendo com a paralisação das obras foi a Adolfo de Moraes, mas segundo o secretário tudo deverá voltar à normalidade muito em breve, “Já cancelamos os contratos que estavam sob suspeita, uma nova licitação já foi finalizada e em breve as obras vão estar concluídas. Nossa previsão que já no início do próximo ano letivo os alunos não terão mais problemas”, garantiu.
MAIS ADOLFO AUGUSTO DE MORAES
Em julho de 2015 o site AGORA MT publicou uma denúncia, que dirigentes da Escola Estadual Adolfo Augusto de Moares e empresários estariam envolvidos em um grande esquema fraudulento, as provas e informações foram parar na Secretaria Estadual de Educação, mas até hoje o caso continua sendo investigado e ninguém foi punido pelos supostos desvios. (Relembre aqui).
Ontem (01) o assessor pedagógico do município, Rogério Antônio Penso, que acompanhava o secretário Marrafon em sua visita a Rondonópolis, confirmou que o caso ainda segue sendo investigado, “Estamos perto da conclusão do caso, mas não há ainda não há que possa ser revelado”, afirmou.
ENTENDA A OPERAÇÃO RÊMORA
Na primeira fase da operação, foram presas quatro pessoas, os ex-servidores da Seduc, Fábio Frigeri, Moisés da Silva e Wander Luiz dos Reis; e o empresário Giovani Guizardi, dono da construtora Dínamo, apontado como a pessoa responsável por arrecadar a propina paga pelos empreiteiros. Outros dois empresários foram presos em flagrante, na ocasião, por porte ilegal de arma.
Um dia após a operação ser deflagrada, Permínio Pinto foi afastado do cargo e preso dias depois, já na segunda fase da operação.
Segundo o Gaeco, a organização criminosa era formada por três núcleos. Um deles composto pelos três servidores públicos, que agiam internamente interferindo nas licitações para assegurar que os empresários ligados ao grupo vencessem os certames. O segundo núcleo era composto por três supostos operadores do esquema: Luiz Fernando da Costa Rondon, Leonardo Guimarães Rodrigues e Giovani Guizardi, que, segundo o MPE, agiam na tentativa de dificultar as fraudes que fossem descobertas e negociavam com os integrantes dos outros dois núcleos. O terceiro e maior núcleo era formado por empreiteiros, considerados os grandes beneficiários da fraude.
Ao todo, 22 pessoas foram denunciadas pelo MPE suspeitas de integrarem o esquema de fraudes em licitações, entre empresários do ramo da construção e servidores públicos. Eles respondem pelos crimes de constituição de organização criminosa, formação de cartel, corrupção passiva e fraude em licitação.