O ano de 2016 foi o período em que “faltou gado, mas sobrou carne” em Mato Grosso, e isso ditou a movimentação das cotações do boi gordo no Estado. Para entender melhor basta olhar a relação oferta/demanda. As informações são do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).
De acordo com os dados, primeiramente, visualiza-se a oferta, que, com um processo de retenção das fêmeas em andamento, registrou acréscimo de 2,18% no comparativo com 2015 (acumulado de janeiro a novembro), abatendo 4,39 milhões de animais em 2016 (segundo menor volume dos últimos seis anos). Tal fato, isolado, caracteriza uma oferta “escassa” e pressionaria os preços para cima. No entanto, a demanda não colaborou para a evolução das cotações do boi gordo em 2016, e, tanto internamente quanto no mercado externo, as vendas foram decepcionantes para Mato Grosso.
No mercado interno, o índice elaborado na Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do IBGE revela que o volume de vendas nos hipermercados brasileiros em 2016 foi o pior desde 2011, enquanto isso, as exportações de carne bovina mato-grossense registraram os piores volumes e receita desde 2012.
Desta forma, o fruto desta relação foi um preço do boi gordo variando positivamente apenas 1,15% (menor variação dos últimos quatro anos) no comparativo anual, estabelecendo-se em R$ 131,51/@.