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SAúDE E BEM-ESTAR

A leitura como tratamento para diversas doenças

Da Redação com Saúde

Imagem: Livros terapeuticos
Obras literárias auxiliam no combate a diversas doenças – Foto: Ilustrativa

Ter um bom livro por perto pode afastar a ansiedade, a depressão e muitas outras condições que abalam o bem-estar físico e emocional, segundo as escritoras britânicas Ella Berthoud e Susan Elderkin. A dupla acaba de publicar no Brasil a obra Farmácia Literária (Verus), que reúne dicas de leitura para aproximadamente 200 males. Confira nove deles:

Beber demais

O cronista e alcoólatra Jack Torrance vai trabalhar como zelador no Overlook Hotel, que fica fechado durante o inverno. Torrance leva junto a esposa e o filho de 5 anos, que perderam totalmente a confiança nele após um acesso de fúria motivado pela embriaguez. O ambiente inóspito é perfeito para o surgimento de fantasmas do passado – no sentido literal e figurado. Acompanhar a transformação de Jack fará você pensar duas vezes antes de abusar dos drinques.

Ser baixinho

Seu tamanho sempre incomodou? É alvo de piadas e brincadeiras imaturas sobre a estatura? Pois siga o exemplo do hobbit Bilbo Bolseiro, uma criatura pequena com pés grandes e peludos que saiu do conforto de seu lar para viver uma das maiores aventuras da Terra Média junto com anões, elfos, humanos e até um dragão. A obra, que serve de prenúncio para a trilogia O Senhor dos Anéis, comprova que nem todo herói precisa ser gigante: os centímetros a menos são uma vantagem enorme diante de algumas enrascadas.

Fadiga da cidade

Se o concreto, o trânsito e a correria estão destruindo seu ânimo, não há cura melhor do que mergulhar de cabeça na prosa intrincada do sertanejo Riobaldo. Ele narra histórias pelas quais passou em suas andanças pelo sertão mítico do Brasil. Há causos de amor e de ódio, de Deus e do Diabo, de jagunços contra capatazes… A peregrinação pelas veredas do mineiro Guimarães Rosa tornará o leitor mais sábio e pronto para enfrentar as dificuldades da vida e das metrópoles.

Sentir culpa

Nada do que você fez chegará aos pés de Rodion Raskolnikov. Desempregado, o personagem decide assassinar uma velha senhora avarenta que lhe alugava um quarto. Como se não bastasse, ele é flagrado pela irmã da vítima e, para encobrir o crime, a mata também. Fica pior: outro homem assume a culpa pelo massacre. O remorso faz Raskolnikov perambular sem rumo por São Petersburgo, na Rússia. Só o suporte da companheira Sonia aliviará o peso de suas costas e trará a possibilidade de uma futura redenção.

Uso de drogas

No futuro concebido por Huxley, bebês são fabricados em incubadoras e a população está em constante entorpecimento por uma droga chamada “soma”. Todo mundo é obrigado a consumir 2 gramas da substância por dia, descrita como o cristianismo sem lágrimas, que provoca um estado de graça perene. O cenário muda quando John, selvagem que se encontra à margem da civilização, começa a questionar os valores dessa sociedade extremamente viciada.

Ficar sem dinheiro

Ninguém se satisfaz com o montante que possui na conta. Parece que sempre falta um pouco para pagar as dívidas ou concretizar o projeto de anos. Esse é o impasse que persegue o baladeiro James Gatz. Ele fez fortuna por métodos, digamos, não ortodoxos. Seu desejo é reconquistar o coração da bela Daisy. Para atrair a atenção da dama, dá festanças e gasta rios de dinheiro com superficialidades. Com o tempo, ele percebe que há coisas que a bufunfa não compra – e, na contramão, pode até mesmo corroer.

 

Falta de sono

Ella e Susan creem que esse volume tem a potência de um sonífero. Calma, elas não querem ofender o estilo do famoso poeta português. De acordo com sua experiência, esse romance sem enredo deixa qualquer um num estado pré-sono perfeito em períodos de insônia. Observe o ajudante de guarda-livros Bernardo Soares na sua vida incrivelmente monótona, mas cheia de sonhos. E não fique chateado se cochilar na leitura. Não há crise em continuar de onde parou outro dia…

Vício em internet

O brasileiro olha para o celular 75 vezes a cada 24 horas. Em meio à avalanche de notificações, é complicado largar o virtual para aproveitar o real. O remédio é conhecer Jacinto, que mora na Paris borbulhante do século 19 e é um admirador das tecnologias. Tudo se altera quando descobre que uma tempestade devastou a cidade portuguesa de seus antepassados. Ele volta para casa e ama a rotina do campo. Nada se compara ao cenário bucólico para amansar os corações high-tech.

Medo da morte

A consciência de que um dia não estaremos mais aqui é o que nos separa dos animais irracionais. Se essa noção gera ansiedade e atrapalha o cotidiano, uma boa medida é ler (e reler) o clássico de Gabriel García Márquez. A obra segue a história da família Buendía, que habita Macondo, “uma aldeia de vinte casas de barro e taquara”. Os acontecimentos se repetem em ciclo dentro de um século. Ao longo dos parágrafos, você vai se acostumar com a ideia de que a morte é natural e faz parte da trajetória de todos.

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