Uma menina de 8 anos, faleceu na ùltima quinta-feira (2), com suspeita da síndrome de Guillain-Barré, doença autoimune que afeta o sistema neurológico.
De acordo com a família, ela estava sentindo fraqueza, dores e havia parado de se alimentar desde o dia (24) de fevereiro. O caso é investigado pela Secretária Estadual de Saúde (SES).
A tia da menina, Tatiane Bezerra, disse que: “Ela não queria comer nada, ela sempre foi muito dengosa. Ela piorou no outro dia, foi quando levamos ela ao hospital, só então vimos a gravidade. A dor que ela sentia era tanta que nos não podíamos nem encostar no corpo dela”.
Ela foi internada no Hospital Municipal no dia (25) de fevereiro. De acordo com o diretor da unidade, os sintomas de vômito e fraqueza muscular foram se agravando no decorrer do mesmo dia. Segundo a família, os médicos solicitaram uma avaliação neurológica e constaram a necessidade da criança ser transferida para a unidade de terapia intensiva (UTI) da Santa Casa de Rondonópolis.
“Ela não tinha mais forças para se mexer e o pulmão dela estava comprometido. No domingo de manhã ela precisou ser entubada. Foi então que ela começou a lutar pela sua vida”, disse.
Os pais foram informados que poderia ser suspeita de Guillian-Barré e os médicos iniciaram o tratamento com a imunoglobulina. O medicamento custa cerca de R$ 900 por ampola e foi cedido pelo município no mesmo dia. Uma grave infecção no sangue da criança chegou a ser detectada pelos médicos. Teve febre de 40º durante oito horas e faleceu na madrugada da ultima quinta feira, dia (02), após duas paradas respiratórias.
“Ela tinha completado 8 anos no último dia 14, era amada em todos os lugares, era a nossa princesa. Os pais dela estão acabados e a avó dela não consegue falar sobre a neta ainda”, contou a tia.
Guillain-Barré
A Síndrome de Guillain-Barré é uma doença autoimune que ocorre quando o sistema imunológico do corpo ataca parte do sistema nervoso. A fraqueza muscular e provocada pela inflamação nos nervos.
De acordo com o neurologista, Wladimir Malheiros, a doença age rápido e a fraqueza nos membros extremos do corpo é o principal sintoma da síndrome.
“Em alguns casos, em menos de 24 horas a pessoa já pode estar de cama sem conseguir mexer as pernas ou os braços. O tratamento com Imunoglobulina é caro, mas o sistema único de saúde (SUS) oferece gratuitamente”, explicou.
A fraqueza muscular ou a paralisia afeta os dois lados do corpo. Mas, de acordo com o médico, na maioria dos casos atinge primeiro as pernas.