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Surto de cólera aumenta e casos ultrapassam meio milhão no Iêmen

Da redação com G1
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A epidemia de cólera conseguiu se espalhar rapidamente por conta das precárias condições de higiene e de saúde e a interrupção do fornecimento de água no país - Foto: Mohammed HUWAIS / AFP
A epidemia de cólera conseguiu se espalhar rapidamente por conta das precárias condições de higiene e de saúde e a interrupção do fornecimento de água no país – Foto: Mohammed HUWAIS / AFP

O número de casos suspeitos de cólera no Iêmen ultrapassou os 500 mil e a doença já custou a vida de quase 2 mil pessoas desde o início do surto, no final de abril, informou a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta segunda-feira (14). Diariamente, 5 mil pessoas são infectadas, diz a entidade.

A epidemia de cólera conseguiu se espalhar rapidamente por conta das precárias condições de higiene e de saúde e a interrupção do fornecimento de água no país, destacou a organização com sede em Genebra.

Milhões de pessoas não têm água potável e o sistema de recolhimento de lixo está inoperante nas grandes cidades.
O sistema de saúde também está colapsando, dado que mais da metade dos hospitais está fechado por causa do conflito, seja porque foram destruídos ou porque não possuem verbas.

A escassez de medicamentos e itens básicos é generalizada e 30 mil trabalhadores do setor estão sem receber há quase um ano.
“Os trabalhadores da saúde operam em condições impossíveis. Milhares de pessoas estão doentes e não há hospitais, medicamentos nem água potável suficientes’, afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
“Eles precisam receber os salários para que possam continuar salvando vidas”, enfatizou.

Organização Mundial da Saúde e seus parceiros trabalham 24 horas por dia para instalar centros de tratamento, de reabilitação e para proporcionar provisões médicas e apoio ao governo.
Mais de 99% das pessoas com suspeita de cólera que tiveram acesso aos serviços de saúde sobreviveram, destacou o diretor, lembrando que quase 15 milhões de pessoas não recebem atendimento médico básico.

“Para salvar vidas no Iêmen temos que apoiar o sistema de saúde, especialmente os trabalhadores. Pedimos às autoridades iemenitas e a todos na região que ajudem a encontrar uma solução política ao conflito, que já causou muito sofrimento”, apelou.

Há três anos, o Iêmen é palco de um conflito, que começou quando os rebeldes houthis ocuparam Sana e outras províncias. O clima piorou em março de 2015, com a intervenção da coalizão militar integrada por países sunitas a favor das forças leais ao presidente Abd-Rabbu Mansour Hadi.

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