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Vice-presidente da Espanha assumiu a maior função da presidência

Da redação com G1
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A vice presidente da Espanha, Soraya Sáenz de Santamaria - Foto: AP Photo / Paul White
A vice presidente da Espanha, Soraya Sáenz de Santamaria – Foto: AP Photo / Paul Whitereda

A vice-presidente da Espanha, Soraya Sáenz de Santamaría, assumiu a maior parte das funções da presidência e vice-presidência da Catalunha, segundo decreto publicado no Boletim Oficial do Estado (BOE) no início deste sábado (28).
A medida faz parte das primeiras movimentações após a destituição do governo da Catalunha, determinada por um Conselho de Ministros convocado pelo chefe de governo espanhol, Mariano Rajoy, nesta sexta (27). A decisão tirou Carles Puigdemont do cargo de presidente da região autônoma, demitiu outras autoridades e dissolveu o Parlamento catalão.
Com a mudança, os poderes de chefe da região ficariam com Rajoy, que delegou a Soraya a coordenação de tarefas ligadas a finanças, segurança e comunicação, entre outras. Ela terá a ajuda de ministros que assumiram 11 conselhos catalães.
A vice-presidente será a principal responsável por administrar a Catalunha pelo menos até 21 de dezembro, data em que a população deve eleger um novo parlamento regional nas eleições convocadas pelo governo espanhol.

‘Oposição democrática’
Em um breve pronunciamento na TV, Puigdemont pediu aos catalães neste sábado uma “oposição democrática” à intervenção do governo espanhol. “Nós continuaremos trabalhando para construir um país livre”, disse na emissora pública regional TV3.
O líder destituído foi mostrado discursando sobre um pódio com o emblema oficial do governo regional catalão. Atrás dele, estavam as bandeiras catalã e da União Européia, mas não a da Espanha. A versão por escrito do pronunciamento foi divulgada e tem a assinatura de “Carles Puigdemont, presidente da Generalitat [governo] da Catalunha”.

Chefe da polícia destituído
Também neste sábado, o governo da Espanha destituiu Josep Lluis Trapero como chefe dos Mossos d’Esquadra, responsável pela polícia autônoma catalã. A ordem partiu do ministério do Interior espanhol, assinada por seu titular, Juan Ignacio Zoido, que assumiu as competências da área no governo regional da Catalunha.
A gestão de Trapero durante a consulta independentista, realizada em outubro na Catalunha, foi controversa. Ele foi acusado de crime de insurreição pela Audiência Nacional espanhola, que considera que ele não agiu adequadamente durante o referendo.
Mas sua destituição não integrava o pacote de iniciativas anunciadas na sexta por Rajoy, incluídas na aplicação na Catalunha do artigo 155 da Constituição, aprovada previamente pelo Senado.
O artigo 155 dispõe sobre a intervenção em uma região autônoma do país. Sua aplicação foi aprovada no Senado por 214 votos a favor e 47 contra. A decisão ocorreu logo após o Parlamento regional da Catalunha aprovar o início do processo de independência da região.

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