O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou no Twitter nesta sexta-feira (12) que cancelou uma visita que faria no início deste ano a Londres. O objetivo da viagem era inaugurar a nova embaixada americana na capital inglesa na região de Nine Elms, considerada por Trump como “fora de mão”.
Em sua conta na rede social, Trump disse que suspendeu a visita porque seu antecessor, Barack Obama, vendeu a antiga embaixada por ‘mixaria’. Por causa do “mau negócio”, Trump diz não querer inaugurar a nova sede. A antiga ficava em Grosvenor Square, no prestigiado distrito de Mayfair, no centro de Londres. Já Nine Elms fica ao sul do Tâmisa.
“A razão pela qual eu cancelei minha viagem a Londres é que eu não sou um grande fã da administração de Obama vendendo talvez a mais bem localizada e melhor embaixada em Londres por ‘mixaria’, apenas para construir uma nova em um lugar ruim por US$ 1,2 bilhões. Mau negócio. Queriam que eu cortasse a fita-NÃO!”, escreveu Trump no Twitter.
Um porta-voz da primeira ministra britânica, Thereza May, afirmou à Reuters que o presidente americano é bem-vindo e que ele aceitou o convite ir a Londres. A nova data para a visita, no entanto, ainda não foi acertada.
“Os EUA são um dos nossos aliados mais antigos e mais valiosos. Nossa parceria forte e profunda vai durar”, afirmou o porta-voz.
Mais de um ano após assumir a Presidência, Trump ainda não visitou a cidade. Muitos britânicos prometem protestos em massa contra o norte-americano, que veem como grosseiro e contrário a seus valores em diversas questões, segundo a Reuters.
Desde o ano passado, especulava-se sobre a possibilidade do cancelamento da visita de Trump a Londres, depois de um tiroteio verbal entre o presidente dos EUA, a primeira-ministra britânica e o prefeito da capital inglesa, Sadiq Khan.
Também pelo Twitter, Trump postou vídeos contra muçulmanos, publicados por um grupo nacionalista radical britânico.
Logo após o ocorrido, o prefeito de Londres, que é muçulmano, afirmou que a visita não era bem-vinda. Para Khan, o episódio configurava uma “traição” na relação entre os dois países, aliados de longa data.