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“Coração fora do compasso”, saiba o que é a fibrilação atrial e como tratá-la

Ligada ao envelhecimento e a maus hábitos, a mais popular das arritmias cardíacas não para de avançar. Saiba o que é a fibrilação atrial e como tratá-la

Da redação com Abril Saúde

Imagem: coracao arritmia
A fibrilação atrial é o tipo mais comum de arritmia cardíaca | Ilustrações: Horácio Gama/SAÚDE é Vital

O coração tem um sistema próprio e inteligente de emissão e condução de eletricidade. É isso que o faz bater. Ocorre que essa rede pode entrar em parafuso.

Em vez de a energia sair de um comando e seguir seu rumo, surgem pequenos circuitos elétricos nos átrios, as câmaras superiores do músculo cardíaco. “Aí o coração fica em ritmo anárquico”, define o cardiologista e geriatra Roberto Dischinger Miranda, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Nessas condições, os tais dos átrios deixam de se contrair como deveriam para bombear o sangue. É como se ficassem tremelicando.

O cardiologista Ricardo Pavanello, do Hospital do Coração, na capital paulista, traduz a história em sons. “Normalmente, ao examinar uma pessoa saudável, ouvimos o coração bater num ritmo tum-tá, tum-tá, tum-tá. Na arritmia, isso fica desordenado”, diz. A conta da irregularidade costuma vir um tempo depois.
O aumento do número de casos

Mas por que tem gente falando numa epidemia de fibrilação atrial? A resposta é fácil. O mundo envelhece… E a idade é o principal fator de risco.

Depois dos 40 anos, calcula-se que a propensão ao problema aumente em até duas vezes a cada década. “Com o envelhecimento, acontecem alterações na rede elétrica do coração que tornam o indivíduo mais suscetível à fibrilação atrial”, esclarece Miranda. Outras condições, bem presentes nos dias de hoje, também entram na história.

“Os fatores de risco englobam pressão alta, diabetes, presença prévia de uma doença cardíaca, apneia do sono, uso de álcool, sedentarismo e obesidade”, lista a médica Olga Ferreira de Souza, coordenadora do Serviço de Cardiologia e Arritmia da Rede D’Or São Luiz.

Até tu, excesso de peso? Pois é. “Os estudos mostram que a obesidade leva a mudanças estruturais e elétricas na região do átrio. Inclusive, há casos que melhoram com a perda de peso”, conta o cardiologista Eduardo Benchimol Saad, presidente do Departamento de Arritmias, Estimulação Cardíaca e Eletrofisiologia da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro.

A fibrilação atrial em números:

•Estima-se que 5 milhões de brasileiros acima dos 65 anos tenham fibrilação atrial

•13% da população com 80 anos ou mais apresenta esse tipo de arritmia

•O risco de um AVC aumenta em cinco vezes entre quem convive com a condição

•Uma em cada quatro pessoas com mais de 40 anos está sujeita a desenvolver o distúrbio

•A doença eleva em três vezes a probabilidade de uma insuficiência cardíaca
que é feito para diagnosticar

O que é feito para diagnosticar:

Exame clínico: Palpando o pulso e auscultando o paciente, o médico já afere o ritmo cardíaco.

Monitores: Hoje, aplicativos de celular e relógios digitais conseguem avaliar os batimentos.

Eletro: Feito em consultórios ou centros de exame, o eletrocardiograma detecta na hora eventuais alterações.

Holter e Looper: São aparelhos portáteis que avaliam o ritmo durante 24 horas ou até um mês.

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